ChromeOS usará kernel Android para ganhar recursos do Gemini

Google divulgou que Chromebooks utilizarão tecnologias do Android para rodar recursos de inteligência artificial. ChromeOS adotará kernel Android no futuro

Felipe Freitas
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Mais tecnologias do Android serão adotadas no ChromeOS, mas dessa vez para levar IA aos Chromebooks(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Google anunciou na quarta-feira (12) que o ChromeOS passará a usar o kernel do Android para ganhar recursos de IA. O sistema operacional para laptops também usará outras tecnologias para rodar as ferramentas do Gemini, como APIs e frameworks. A adoção do Android em alguns elementos do ChromeOS acelerará a chegada da IA nos Chromebooks.

Esse anúncio da utilização de mais tecnologias Android no ChromeOS levanta a seguinte questão: quando que o Google unificará de vez o sistema operacional dos seus produtos?

Há diferenças entre Android (kernel Linux) e ChromeOS (Chromium) — e outros produtos do Google. O Google Nest, por exemplo, utiliza o Fuchsia OS e um kernel próprio. Já o WearOS é baseado em Android.

A rival Apple adotou um caminho diferente: usou o macOS como base para o iOS, que depois serviu de “fonte” para os outros produtos — mas a raiz é o macOS. Isso facilita a integração entre produtos e confere fluidez ao ecossistema Apple.

Mac Mini recebe nova geração com Apple M2 e M2 Pro (Imagem: Divulgação/Apple)
Ao invés de criar novos sistemas para diferentes produtos, Apple optou por usar o macOS como base do iOS, que foi a fonte de outros SOs (Imagem: Divulgação/Apple)

No anúncio, o Google diz que a adoção das tecnologias Android no ChromeOS “simplificará os esforços de engenharia e ajudará diferentes dispositivos, como celulares e acessórios, a funcionar melhor com os Chromebook”. A declaração da empresa sugere que ela está focada em aprimorar a integração dos seus produtos.

O Google não informa quando chegará a primeira versão do ChromeOS com kernel e APIs do Android. A empresa apenas diz que os trabalhos para essas melhorias já começaram, mas levará um tempo até chegar aos consumidores.

Integrações entre ChromeOS e Android

O uso de ferramentas do Android no ChromeOS não chega a ser uma novidade. O Google já integra tecnologias do sistema operacional mobile nos Chromebooks. Por exemplo, a tecnologia do Bluetooth dos dois SOs foi unificada nesta semana.

Agora, tanto os dispositivos Android quanto os ChromeOS usam a mesma API e código-base, o que promete melhorar a experiência no ecossistema Google. Além disso, aplicativos Android são capazes de rodar nos Chromebooks (os laptops que utilizam o ChromeOS).

ChromeOS permite baratear laptops

Acer Chromebook C733 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Chromebooks são fabricados por diferentes marcas, como Acer, Lenovo e Samsung (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Como sugere o seu nome, o ChromeOS é um sistema operacional baseado no Chromium, um software open-source usado pelo navegador Chrome (e vários outros).

O uso do Chromium faz com que o SO para laptops seja leve — é como se o sistema operacional fosse um navegador. Como seu foco é a utilização de programas na nuvem, os Chromebooks não exigem hardwares pesados e, consequentemente, tendem a custar menos. Além disso, são compatíveis com programas Linux.

Programas do Windows no ChromeOS

Software virtualizado no ChromeOS via Cameyo (imagem: divulgação/Google)
Software da Oracle virtualizado no ChromeOS via Cameyo (imagem: divulgação/Google)

Quem também deve ganhar uma melhor integração com o ChromeOS são os programas do Windows. Na semana passada, o Google anunciou a aquisição da Cameyo, empresa que virtualiza softwares do SO da Microsoft no ChromeOS.

A compra da Cameyo e o futuro suporte para o Gemini no ChromeOS deixará o SO do Google mais competitivo. Os Chromebooks costumam ter preços mais acessíveis que os laptops Windows. Assim, escolas e empresas podem ver o ChromeOS como uma melhor opção de equipamento — inclusive o foco da Cameyo é virtualizar programas profissionais.

Com informações: Google e Android Police

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Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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