Flipper Zero, famoso por clonar NFC, ganha novos poderes após atualização
Versão 1.0 do firmware deixa aparelho mais rápido e dá novas possibilidades de uso. Produto foi banido no Brasil pela Anatel.
Versão 1.0 do firmware deixa aparelho mais rápido e dá novas possibilidades de uso. Produto foi banido no Brasil pela Anatel.
O Flipper Zero recebeu uma atualização de firmware que desbloqueia novas capacidades do aparelho. Entre elas, estão compatibilidade com JavaScript, melhorias no NFC e conexão Bluetooth mais rápida.
O firmware 1.0 do Flipper Zero levou três anos para ficar pronto. Após tanta espera, muitos aperfeiçoamentos. Desenvolvedores poderão criar apps usando JavaScript, além do C e do C++ suportados anteriormente. Também será possível rodar aplicativos diretamente do cartão de memória.
A bateria poderá durar até um mês no modo de economia — anteriormente, ela não passava de uma semana. As transferências Bluetooth feitas a partir de aparelhos Android ficaram 40% mais rápidas.
O NFC agora tem suporte a mais tipos de cartões e lê dados em menos tempo. Segundo a empresa, graças a isso, é possível emular chaves de quartos de hotel mais rapidamente.
O sensor infravermelho do Flipper Zero agora pode ser usado com mais protocolos, permitindo que ele funcione como um controle remoto universal para TV, ar-condicionado, som e projetor.
Outra novidade é poder “interceptar” sinais de walkie-talkie analógico. Segundo os desenvolvedores, a antena sub-GHz agora tem suporte a 89 tipos diferentes de protocolos.
O Flipper Zero ganhou fama no fim de 2022, como uma espécie de “Tamagotchi” hacker — de fato, a interface tem até um simpático golfinho. No exterior, ele custa US$ 200; no Brasil, era possível encontrá-lo a cerca de R$ 1.700 em marketplaces.
Vídeos no TikTok mostravam que ele era capaz de copiar sinais de crachás e chaves, abrir carros e clonar cartões. Testes independentes, porém, mostraram que a realidade era menos assustadora do que parecia.
Mesmo assim, agências reguladoras e empresas fecharam o cerco. O PayPal, por exemplo, reteve US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 7,4 milhões, nos valores atuais) em pagamentos destinados à fabricante do produto.
No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apreendeu cargas do Flipper Zero em posse dos Correios e enviou os produtos de volta para a Holanda. A agência considerou que o aparelho pode ser usado para fins ilícitos e facilitar a ocorrência de crimes.
{{ excerpt | truncatewords: 55 }}
{% endif %}