Teste mostra que Galaxy Ring quebrado precisa ir direto para o lixo
Anel inteligente da Samsung repete mesmo problema visto no Oura Ring. Bateria está selada num chassi não removível.
Anel inteligente da Samsung repete mesmo problema visto no Oura Ring. Bateria está selada num chassi não removível.
O iFixit, site que testa a reparabilidade de produtos, apontou que o Galaxy Ring não pode ser consertado se tiver uma bateria defeituosa. Caso estrague, o anel inteligente da Samsung só tem uma destinação: o lixo. Porém, esse problema é comum a todos os smart rings, já que trocar a bateria significa destruir o produto.
E sim, a falta de reparabilidade dos anéis inteligentes está totalmente relacionada com a bateria. Isso porque é provável que ela seja a primeira a estragar. Por exemplo, tenho um iPhone 6S (lançado em 2015) que segue funcionando bem. Contudo, ele virou um deskphone, já que a bateria não deve durar mais que 8 horas (mesmo sem uso).
O iFixit mostra que é necessário derreter a parte interna do Galaxy Ring para acessar a bateria. Isso destrói o anel, o PCB, a bateria e o carregador por indução. O conector de pressão, usado para ligar a bateria ao PCB do Galaxy Ring, até facilitaria a troca, mas isso pouco importa se ela está selada atrás de um chassi não removível.
A culpa aqui não é só da Samsung. O Oura Ring, concorrente direto do Galaxy Ring, também tem o mesmo problema. Se essa irreparabilidade dos anéis inteligentes é proposital ou problema da tecnologia atual, fica para um debate futuro.
No momento, o fato é que ter um Galaxy Ring ou o Oura Ring é a certeza que você terá que comprar um novo quando a bateria estragar. Isso também vale para o recém-lançado Galaxy Buds 3 e Buds 3 Pro. Pelo tamanho pequeno, você não consegue trocar a bateria sem destrui-lo.
O fato do Galaxy Ring e dos Buds 3 e 3 Pro serem descartáveis contrasta com os anúncios da Samsung de usar componentes reciclados em seus smartphones. A empresa utiliza plásticos, alumínio e vidro reciclado na fabricação dos celulares. A Apple também tem o mesmo programa e o mesmo problema com os AirPods. O Google Pixel Watch 3 também é descartável.
Na União Europeia, um projeto de lei quer obrigar as fabricantes a lançarem produtos que tenham opção de reparo. Isso não é só uma questão de direito do consumidor, mas também um ponto no debate sobre a geração de lixo desnecessário — e sobre microplásticos.
Com informações: iFixit e Android Authority