Google Pay anuncia Pix por aproximação com Itaú, C6 Bank e PicPay

Pagamento funciona forma similar ao cartão de débito; Pix por aproximação está disponível no C6 Bank e PicPay, e clientes do Itaú terão função nas próximas semanas

Lucas Braga

Fazer um Pix pode ser uma tarefa demorada em comparação com cartões convencionais, visto que o usuário deve abrir o app do banco, fazer o login e fazer o pagamento manualmente. O Pix por aproximação quer reduzir essa espera, e a Carteira do Google (Google Pay) anunciou a chegada da tecnologia NFC para os pagamentos instantâneos no Android em parceria com C6 Bank, PicPay e Itaú.

O Pix não é exatamente uma novidade na Carteira do Google: o método brasileiro de pagamentos foi inserido na carteira digital em julho, através da plataforma Open Finance. Apesar de facilitar as transferências, o usuário ainda tinha que digitar a chave ou ler o QR Code.

No novo modo, o Google Pay passa a suportar a tecnologia NFC para as transações Pix, deixando-as mais próximas da experiência de uso de um cartão de débito ou crédito. O novo método também integra à plataforma Open Finance.

No evento de lançamento, o Google anunciou que o Pix por aproximação já está disponível na carteira para clientes do C6 Bank e PicPay. A empresa também anunciou a parceria com o Itaú, que deverá disponibilizar a funcionalidade aos seus correntistas nas próximas semanas.

Como funciona o Pix por NFC na Carteira do Google?

Em primeiro lugar, o usuário deverá ter um smartphone Android compatível com NFC e deverá vincular sua conta bancária com a Carteira do Google. Isso poderá ser feito através da própria carteira digital ou pelo aplicativo do banco.

Feito isso, basta realizar uma compra em um estabelecimento que possua maquininha habilitada para receber Pix por aproximação. No caso das Laranjinhas do Itaú, o lojista deverá fazer a mesma jornada de cobrança por Pix com QR Code. Quando o código for solicitado, um sinal NFC é emitido simultaneamente.

Com a máquina exibindo o QR Code, o pagador deverá aproximar o seu smartphone na maquininha, com a tela previamente desbloqueada. Em seguida, o smartphone irá carregar os dados da transação, e o cliente deve confirmar a transação e autenticar com a sua biometria.

Ao contrário das transações por cartão de débito ou crédito, o Pix por NFC ainda exige que o smartphone tenha conexão à internet. De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, uma futura implementação permitirá fazer transações de forma offline para o consumidor.

Pensando em segurança, o Google também anunciou o Modo Noturno na carteira digital. Com a função ativada, não é possível fazer transferências via Pix para pessoas físicas que não estejam previamente cadastradas no período noturno, entre 20h e 6h. Esse modo é facultativo, e deve ser habilitado manualmente nas configurações do aplicativo.

Google Pay integra Pix para pagamentos online

Outra novidade anunciada pelo Google é a integração do Pix na função Pagar com GPay, utilizada por e-commerces e aplicativos de serviços. As empresas poderão integrar a API do Google para receber pagamentos pela carteira digital.

Para o usuário, pagar com a Carteira do Google é mais rápido do que com o banco tradicional, uma vez que a carteira digital evita o ato de copiar o código da transação, mudar de aplicativo e logar na instituição financeira.

O app de estacionamento Zul+ já conta com o suporte ao Pix na função de pagar com o Google Pay. A empresa anunciou que o McDonald’s também irá se integrar com a plataforma nos próximos meses.

Além de integrar direto nos aplicativos, o Google Pay também foi integrado ao Google Chrome do Android, com objetivo de facilitar as compras em lojas virtuais que não implementarem o botão Pagar com GPay. Um pop-up da Carteira irá abrir automaticamente caso um código de Pix Copia e Cola seja detectado na área de transferência, permitindo concluir a transação sem a necessidade de sair do navegador.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.