Hacker devolve US$ 26 milhões em criptomoeda roubada
O endereço da carteira do hacker foi colocado em uma lista negra
No ano passado, a alta do bitcoin puxou o preço de outras criptomoedas. O ether, com o segundo maior valor de mercado, subiu 9.162% — e isso motivou diversos assaltos.
Um deles ocorreu com a CoinDash, startup que prepara uma plataforma para negociar criptomoedas. Em julho de 2017, um hacker invadiu o site da empresa e recebeu 43.400 ETH durante uma oferta inicial de moedas (ICO). Agora, ele devolveu parte do dinheiro roubado.
Como explica o Bleeping Computer, o valor foi enviado de volta em duas partes. A primeira foi transferida em setembro, no total de 10 mil ETH (US$ 8,7 milhões); a segunda foi na última sexta-feira (23), quando ele devolveu mais 20 mil ETH (US$ 17,45 milhões).
No entanto, o hacker ainda está com mais de 13.400 ETH (US$ 11,7 milhões). Vale notar que, na época, o total do assalto equivalia a apenas US$ 7,4 milhões. O site da CoinDash foi invadido durante o ICO, e o endereço da carteira para receber dinheiro dos investidores foi modificado.
Mas por que devolver as moedas roubadas? Alguns especialistas acreditam que o hacker não consegue usar o ether, porque o endereço da sua carteira foi colocado em uma lista negra. A maioria das plataformas de negociação identifica sua carteira como “FAKE_CoinDash“, e se recusa a converter os fundos por medo de serem processadas.
Há também quem acredite que a invasão foi um trabalho interno, e o “hacker” só devolveu os fundos depois que a SEC — comissão de valores mobiliários dos EUA — começou a acompanhar ICOs mais de perto. Outros acham que é um golpe de marketing para chamar atenção para a CoinDash.
De um jeito ou de outro, o dinheiro voltou irrevogavelmente para a CoinDash. A empresa diz que está trabalhando com a unidade antiterrorista de Israel para identificar o hacker.
Com informações: Bleeping Computer, CoinDesk.