Investimento da Amazon na Anthropic será investigado no Reino Unido
Órgão regulador de comércio do Reino Unido investigará se investimento da Amazon se caracteriza como aquisição da Anthropic, empresa de IA generativa
Órgão regulador de comércio do Reino Unido investigará se investimento da Amazon se caracteriza como aquisição da Anthropic, empresa de IA generativa
A Amazon será oficialmente investigada no Reino Unido pelo investimento de US$ 4 bilhões (R$ 22,4 bilhões) na Anthropic, empresa de IA generativa criadora do LLM Claude. A Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido (CMA, sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira (8) a abertura da investigação sobre o caso. O órgão questiona se o investimento da Amazon equivale a uma aquisição da Anthropic.
A big tech fez o investimento na empresa de IA em setembro de 2023. Na época, o primeiro aporte foi de US$ 1,25 bilhões (R$ 7 bilhões), com o restante realizado nos meses seguintes. No anúncio do investimento, foi confirmado que a Amazon teria uma parte da Anthropic e que a empresa usaria a AWS para seus serviços.
A Amazon afirma que a sua fatia na Anthropic não equivale à parte majoritária da empresa de IA. Já a empresa de IA divulgou uma nota para o TechCrunch dizendo que a Anthropic segue como uma companhia independente e que a Amazon não integra o seu conselho.
A CMA deve finalizar a investigação em outubro, quando encerra o prazo do processo. Como o próprio órgão explica, o tempo de investigação pode ser ampliado. Dias antes deste anúncio, o órgão abriu uma ação idêntica para entender melhor o investimento do Google na Anthropic.
A empresa de inteligência artificial é criadora do modelo de linguagem Claude, utilizado na sua IA generativa de mesmo nome. Recentemente, o chatbot Claude foi lançado no Brasil e em português. Já na terça-feira, a Anthropic contratou John Schulman, fundador da OpenAI.
Um ponto que chama a atenção da CMA nos últimos tempos é a contratação de funcionários das empresas que receberam o investimento. A estratégia é assim: uma empresa faz um grande investimento em uma companhia e meses depois contrata alguns dos empregados — desde diretores até as pessoas da parte mais técnica.
A CMA e outros órgãos reguladores (a FTC investiga os mesmos investimentos) não veem essa prática com bons olhos, já que pode se caracterizar como uma prática de antitruste e monopólio. Afinal, são companhias com alto poder financeiro investindo em empresas promissoras.
Com informações: Financial Times, The Verge e TechCrunch
Leia | O que faz a Palantir?