LG apresenta tela flexível que estica e fica 50% maior

Protótipo de tela pode ser torcido, entortado e esticado. Roupas e painéis despontam como usos possíveis, mas ainda não há previsão de lançamento.

Giovanni Santa Rosa

A LG Display, braço da empresa sul-coreana dedicado às telas, apresentou um novo protótipo flexível que tem como principal destaque poder ser esticado e ficar com um tamanho 50% maior. O protótipo que a companhia mostrou em um evento em Seul (Coreia do Sul) tem 12 polegadas, mas consegue chegar a 18 polegadas quando puxado.

Telas flexíveis não são inéditas — protótipos estão aí há quase uma década, inclusive feitos por concorrentes. No entanto, segundo a LG, este é o recorde de “esticada”. O primeiro modelo da marca, apresentado em 2022, conseguia crescer apenas 20%. O novo componente usa um material especial de silício, também empregado em lentes de contato.

A tela mostra uma imagem estática, com resolução de 100 pixels por polegada (medida também conhecida pela sigla “ppi”), usando micro-LEDs de 40 micrômetros como fonte de luz. Vale dizer que esta é uma resolução baixa se comparada à de um smartphone — um Galaxy S24, por exemplo, tem tela de 416 ppi.

Além de esticado, o display pode ser torcido e entortado. Em relação à durabilidade, a LG afirma que sua tela pode ser esticada 10 mil vezes, mantendo a nitidez da imagem. Por enquanto, a tela é apenas um protótipo, sem previsão de preço ou disponibilidade no mercado.

Para que serve uma tela flexível?

Uma tela capaz de ser esticada, entortada ou até torcida pode ter várias aplicações. Segundo a LG, isso pode ser útil em contextos de superfícies curvadas, como roupas e pele.

A empresa imaginou alguns usos. Um deles seria em painéis automotivos em formato convexo e sensibilidade ao toque. O outro é mais futurista: bombeiros poderiam usar roupas com telas, mostrando informações em tempo real para o resto da equipe.

Com informações: LG Display, PC Mag, Tom’s Hardware

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.