Microsoft adia Windows Recall mais uma vez para aperfeiçoar segurança

Ferramenta que usa inteligência artificial para memorizar o que usuário faz no computador só será liberada para testes em dezembro

Giovanni Santa Rosa
• Atualizado ontem às 00:00

O Recall, ferramenta do Windows 11 para ajudar o usuário a lembrar tarefas realizadas, vai demorar um pouco mais para chegar. A Microsoft confirmou o adiamento do início dos testes do recurso: eles devem começar em dezembro e não mais em outubro.

A empresa diz precisar de mais tempo para garantir que o Recall atenda aos padrões de segurança e confiabilidade. “Estamos comprometidos em entregar uma experiência segura e confiável com o Recall”, disse Brandon LeBlanc, gerente da Microsoft, em um comunicado.

“Para garantir que entregaremos essas importantes atualizações, precisamos de mais tempo para aperfeiçoar a experiência antes de mostrá-la aos participantes do programa Windows Insider”, completou LeBlanc.

O Recall é uma ferramenta que acompanha o que o usuário faz em seu computador, guardando imagens e processando textos com auxílio de inteligência artificial.

Posteriormente, mesmo que o usuário não lembre onde viu ou salvou a informação desejada, ele poderia encontrá-la com buscas simples e rápidas. O Recall (chamado “Busca rápida” na versão em português brasileiro do Windows) seria exclusivo de computadores com a certificação Copilot+ PC.

Por que o Recall sofre com atrasos?

Desde seu anúncio, o Recall despertou preocupações de privacidade e segurança. Um dos primeiros problemas era que a ferramenta armazenava os dados em texto simples, sem proteção adequada. Um invasor poderia, ao menos teoricamente, ter acesso a tudo que foi feito no sistema.

Tela de introdução ao Windows Recall, com as opções de salvar ou não salvar informações
Windows vai perguntar se usuário quer ativar o Recall (Imagem: Divulgação / Microsoft)

Após as críticas, a Microsoft não lançou o Recall em junho, com os Copilot+ PCs, como planejado inicialmente. Os testes foram adiados para outubro, e a ferramenta ganhou proteções como criptografia e exigência de autenticação biométrica para acessar as informações salvas.

Além disso, o recurso passou a ser totalmente opcional, necessitando de autorização explícita do usuário para funcionar. A Microsoft também colocou a possibilidade de desinstalar completamente o Recall.

Com informações: The Verge, Engadget

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.