Microsoft confirma segunda onda de demissões e corta 9 mil funcionários
Divisão Xbox é a mais impactada pela decisão. Nova rodada de demissões afeta 4% da força de trabalho da Microsoft no mundo todo.
Divisão Xbox é a mais impactada pela decisão. Nova rodada de demissões afeta 4% da força de trabalho da Microsoft no mundo todo.
Depois dos rumores, a confirmação: a Microsoft está demitindo cerca de 9 mil funcionários em sua segunda grande rodada de desligamentos em massa somente em 2025. Esse número corresponde a 4% da força de trabalho global da companhia. A divisão do Xbox é a mais afetada pela decisão.
Esse movimento já era esperado. No final de junho, os rumores de que a companhia faria “demissões substanciais” na divisão Xbox ganharam força. A decisão veio na esteira de um corte de 6.000 funcionários na Microsoft que havia sido anunciado em maio.
A leva de desligamentos anterior afetou principalmente funcionários de nível gerencial, em várias divisões. Nesta, o corte envolve principalmente equipes que trabalham com jogos. Não por acaso, Phil Spencer, líder da divisão Xbox, divulgou uma mensagem aos funcionários da Microsoft comentando a decisão. O início da nota diz:
“Para direcionar a [divisão] Gaming para um sucesso duradouro e nos permitir focar em áreas de crescimento estratégico, encerraremos ou reduziremos o trabalho em certas áreas da empresa e seguiremos o exemplo da Microsoft na remoção de níveis de gestão para aumentar a agilidade e a eficácia.”
Phil Spencer, líder de Xbox
O anúncio das demissões em massa foi feito apenas dois dias depois de a Microsoft encerrar o seu último ano fiscal e apresentar resultados positivos. A companhia como um todo não está em um momento ruim, portanto.
Mas algumas divisões estão enfrentando dificuldades, a exemplo da que lida com a linha Surface e a da que cuida de hardware para Xbox. Nesse sentido, a atual onda de demissões seria uma forma de a Microsoft reajustar as operações de modo a evitar um cenário futuro de crise.
Pelo menos é o que podemos deduzir de outro trecho da nota de Spencer:
“Reconheço que essas mudanças ocorrem em um momento em que temos mais jogadores, games e horas de jogo do que nunca. Nossa plataforma, hardware e roteiro de jogos nunca pareceram tão fortes.
(…) Precisamos fazer escolhas agora para manter o sucesso nos próximos anos, e uma parte fundamental dessa estratégia é a disciplina de priorizar as oportunidades mais fortes.”
Phil Spencer, líder de Xbox
Também podemos presumir (mas não afirmar) que os gastos que a Microsoft está tendo com inteligência artificial influenciaram na decisão das demissões.
Recursos de IA generativa exigem gastos elevados com infraestrutura, mas o retorno não tem sido imediato. A Microsoft vem lutando para fazer o Copilot emplacar no segmento corporativo, só para dar um exemplo das dificuldades atuais da companhia.
Com informações da Bloomberg
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