Microsoft mantém home office, desde que produção não caia
Para executivo da Microsoft, trabalho remoto pode ser mantido, mas funcionários dizem que sob condição de que rendimento não diminua
Para executivo da Microsoft, trabalho remoto pode ser mantido, mas funcionários dizem que sob condição de que rendimento não diminua
Muitas empresas que adotaram o home office, especialmente durante a pandemia de COVID-19, voltaram a priorizar o trabalho presencial. A Microsoft está entre as companhias que prometem uma abordagem flexível sobre o assunto, mas parece haver um condição: a produtividade não pode cair.
O assunto foi discutido em uma reunião realizada recentemente com Scott Guthrie, vice-presidente de nuvem e IA da Microsoft. Na ocasião, o executivo explicou que a companhia não planeja exigir que os funcionários compareçam aos seus escritórios cinco dias por semana, ou seja, trabalhem somente no modelo presencial.
A intenção da Microsoft é manter uma abordagem híbrida, isto é, permitir que os funcionários trabalhem tanto remotamente quando a partir do escritório, conforme a necessidade.
Guthrie não está sozinho com essa postura. Keith Boyd, diretor sênior de TI da Microsoft, fez a seguinte declaração em agosto:
Se você dedicar um tempo para fazer isso corretamente [home office], seus funcionários ficarão mais engajados, mais produtivos e mais conectados, mesmo quando estiverem a quilômetros de distância.
E será muito menos provável que eles sigam para um concorrente que tenha um modelo mais sofisticado e flexível [de trabalho] do que o seu.
Keith Boyd, diretor sênior de TI da Microsoft
Mas não é tão simples assim. Sob condição de anonimato, dois funcionários da Microsoft que participaram da reunião com Scott Guthrie disseram ao Business Insider que a permanência do modelo híbrido na companhia vem com a condição de que o rendimento de quem estiver em home office não caia.
O problema é que a produtividade é um aspecto subjetivo. A complexidade da tarefa, o número de pessoas envolvidas com ela e os recursos disponíveis para a sua execução são alguns dos fatores que influenciam nesse tipo de mensuração.
A abordagem híbrida proposta pela Microsoft pode funcionar bem, portanto, desde que ambos os lados (empresa e funcionários) encontrem um ponto de equilíbrio nessa relação.
Mas algumas companhias não estão dispostas a dar esse tipo de abertura. Um exemplo notável: a Amazon acabou com o modelo de home office sob o argumento de que o trabalho presencial fortalece a cultura da empresa.
“Queremos operar como a maior startup do mundo”, disse Andy Jassy, CEO da Amazon. Para o executivo, os procedimentos necessários para isso só podem ser bem executados com o trabalho no escritório.