Microsoft tenta pôr Copilot em empresas, mas funcionários preferem ChatGPT
Familiaridade de funcionários com o ChatGPT dificulta aceitação do Microsoft Copilot, mesmo com ambas as ferramentas oferecendo recursos parecidos.
Familiaridade de funcionários com o ChatGPT dificulta aceitação do Microsoft Copilot, mesmo com ambas as ferramentas oferecendo recursos parecidos.
Integrar o Copilot ao Windows e às ferramentas do Office não tem sido suficiente para a Microsoft tornar o serviço de inteligência artificial popular no ambiente corporativo. Em muitas empresas, os funcionários preferem o ChatGPT, mesmo quando uma versão avançada do Copilot está disponível.
É o que conta a Bloomberg, que ilustra esse cenário com o caso da farmacêutica Amgen. A companhia contratou um plano do Microsoft Copilot para 20.000 funcionários. Treze meses depois, grande parte deles prefere usar o ChatGPT em sua rotina de trabalho.
Eis a consequência: com base no feedback de seus funcionários, a Amgen expandiu a disponibilização do ChatGPT. O Copilot continua sendo usado pela companhia, mas para atividades que envolvem outras ferramentas da Microsoft, a exemplo do Outlook ou do Teams.
O problema, para a Microsoft, é que o caso da Amgen não é isolado. Em linhas gerais, as equipes de venda da companhia sabem que o ChatGPT é popular entre usuários domésticos, mas esperavam que a Microsoft pudesse dominar o segmento de soluções de IA para empresas.
Até agora, isso não aconteceu. O aspecto da qualidade não parece ser a causa. A Microsoft tem uma parceria com a OpenAI, dona do ChatGPT, para usar os seus modelos de IA no Copilot. Por causa disso, ambos os serviços oferecem recursos semelhantes.
O motivo para a resistência ao Copilot parece ser simplesmente uma questão de familiaridade. Se o funcionário já está acostumado a usar o ChatGPT e obtém o retorno esperado, ele não vê motivos para partir para a opção da Microsoft.
Não por acaso, há empresas que estão testando as duas soluções. É o caso da New York Life Insurance, que contratou planos do ChatGPT e do Copilot para os seus 12.000 funcionários. A companhia vai analisar o feedback dos empregados e, então, decidir qual solução usar no longo prazo.
Isso não quer dizer que o Copilot está derrotado. A integração da ferramenta aos produtos da Microsoft, que são muito comuns no ambiente corporativo, é uma característica que pode contribuir enormemente para a sua adoção.
Mas superar o ChatGPT vai ser difícil. A ferramenta é tão popular que o Copilot tem grandes chances de seguir pelo caminho do Microsoft Edge: o navegador é baseado no Chromium e tem diversos recursos interessantes, mas não consegue superar o Google Chrome em popularidade.
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