Motorola cresce 35% no Brasil e tem lucro recorde no mundo
Motorola cresce no 1º trimestre, registra 26,6% de participação no Brasil e quer aproveitar espaço deixado pela LG
Motorola cresce no 1º trimestre, registra 26,6% de participação no Brasil e quer aproveitar espaço deixado pela LG
A Motorola anunciou nesta terça-feira (1) que teve um “forte crescimento” no mercado brasileiro durante o primeiro trimestre deste ano. Com o resultado, a marca, hoje controlada pela Lenovo, se consolida em segundo lugar no país, atrás apenas da Samsung. Com a LG encerrando a divisão de celulares, a Motorola (mas não só ela) observa uma grande oportunidade para atrair aqueles consumidores que estavam na concorrente.
Em comunicado enviado à imprensa, a Motorola diz que registrou um avanço de market share, conquistando 26,6% no país no 1º trimestre, segundo dados da IDC Mobile Phone Tracker. Isso também revela que a empresa obteve um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2020. Nos últimos meses, a companhia renovou a sua linha de sucesso (Moto G) e colocou no mercado brasileiro: Moto G10, G20, G30 e os mais avançados G60 e G100, que disputam com outros intermediários premium da Samsung.
A Motorola também anunciou que ocupa o segundo lugar em vendas na América Latina. O grupo tem 20,9% de participação de mercado. Atualmente, o Brasil é um dos principais mercados para a marca junto do México e dos Estados Unidos. “Os resultados conquistados no Brasil e na América Latina são muito importantes, especialmente em um período de tantos desafios como o que estamos vivendo”, diz José Cardoso, presidente da Motorola Brasil. “Isso se deve ao compromisso da Motorola em seguir inovando para oferecer sempre a melhor e mais completa experiência para os consumidores a preços competitivos”, completa.
A Lenovo divulgou os resultados do último trimestre e do ano fiscal 2020-2021. Entre janeiro e março, a receita de MBG (Mobile Business Group) alcançou US$ 1,54 bilhão, ou seja, crescimento de 86% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro chegou a US$ 21 milhões, um recorde, ressalta a empresa. “O negócio viu os volumes crescerem a uma taxa de três dígitos na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico”, disse a companhia sobre o ano fiscal 2020-2021.
Em entrevista ao Valor, Sergio Buniac, CEO da Motorola, disse que o grupo quer aproveitar o espaço deixado pela LG e apostar na categoria de entrada (até R$ 1.099) que a sul-coreana está abandonando. “A Motorola vai ocupar o espaço da LG”, enfatizou o executivo ao jornal. No Brasil, a briga vai ser interessante, isso porque outras empresas já trabalham para conquistar os ex-clientes da LG.
A Xiaomi, representada pela DL Eletrônicos no Brasil, é outra marca que está de olho nesse movimento e busca alcançar o top 3 de vendas no país. Outra empresa que mira no top 3 antes mesmo da LG sair é a Realme, companhia chinesa que desembarcou por aqui em dezembro de 2020, e que espera chegar ao terceiro lugar até 2025.