Novo acordo da Meta com Universal sugere novidades para o WhatsApp
Empresas renovam parceria para uso de músicas em vídeos e conteúdos para redes sociais. Ampliação de direito de uso para o WhatsApp indica melhorias no app
Empresas renovam parceria para uso de músicas em vídeos e conteúdos para redes sociais. Ampliação de direito de uso para o WhatsApp indica melhorias no app
A Meta e o Universal Music Group (UMG), divisão de música da Universal, divulgaram nesta segunda-feira (12) a renovação do contrato de uso músicas em vídeos curtos das redes sociais da big tech. O novo acordo amplia o direito de uso das canções de artistas sob o selo da UMG para o WhatsApp, marcando a primeira vez que o app poderá usar músicas sem problemas. E isso pode estar ligado com as futuras mudanças no Status do WhatsApp.
No comunicado enviado à imprensa, a Meta e Universal apontam que o novo acordo solucionará problemas de conteúdos não-autorizados feitos com IAs generativas — uma das preocupações da UMG com a popularização da tecnologia. O Threads já integrava o antigo contrato entre as duas empresas, ainda que a rede social não tenha um foco em vídeo.
Contudo, a Meta pode desenvolver uma função para edição de vídeos direto na plataforma — ou melhorar o compartilhamento de vídeos do Reels no Threads. Nesses dois casos, ter autorização para usar músicas nas duas redes sociais evita remoções de posts.
Nos últimos meses, algumas novidades para o Status do WhatsApp foram reveladas na versão beta do aplicativo: a função de marcar contas no Status e ser notificado sobre essas marcações — mas ainda dependem do lançamento do nome de usuário para o WhatsApp.
Com essas novidades e a ampliação do contrato, a análise que podemos fazer é que o Status do WhatsApp deve ganhar mais funções e ficar mais parecido com o recurso no Instagram. Ao invés de usar meios alternativos para publicar um Status com música, você poderá usar um recurso próprio para isso, como já acontece no Instagram.
A Meta e UMG não divulgaram o valor da renovação de contrato. Nem mesmo a duração foi revelada pelas empresas. No comunicado, é apenas falado que é um acordo plurianual.
No início do ano, a UMG não renovou o contrato com o TikTok por discordar do valor negociado para os royalties. As duas empresas chegaram a um acordo em maio, marcando o retorno das músicas de vários artistas, como Taylor Swift, Beatles e Queen, para o TikTok. A estimativa conservadora diz que o acordo pode ter custado US$ 214 milhões (R$ 1,180 bilhão).
Visto que o acordo entre UMG e Meta envolvem todas as plataformas da big tech, incluindo o jogo Horizon Worlds, e que a Universal quer um pagamento maior para os artistas, Mark Zuckerberg não está pagando barato.
Com informações: The Verge e Universal Music Group