Prova de humanidade World ID começa a funcionar no Brasil

Projeto quer distinguir humanos da inteligência artificial. Cidade de São Paulo terá mais de dez postos de verificação.

Thássius Veloso
Por • São Paulo
• Atualizado há 4 dias
Resumo
  • A startup Tools for Humanity lançou o serviço de verificação de humanidade World ID no Brasil, disponível gratuitamente para pessoas com mais de 18 anos a partir de 13 de novembro.
  • O processo de verificação envolve o World App e o uso do dispositivo Orb, que captura imagens do rosto e da íris, gerando um certificado digital em cerca de 2 minutos.
  • O World ID já verificou 7 milhões de humanos e possui 16 milhões de usuários do World App, com 902 dispositivos Orb em operação.

A startup Tools for Humanity anuncia hoje a chegada oficial do serviço de verificação de humanidade World ID ao Brasil. As pessoas com mais de 18 anos poderão fazer a checagem totalmente gratuita a partir da quarta-feira (dia 13/11). Serão mais de dez pontos de verificação espalhados pela cidade de São Paulo.

A ideia da Fundação World, responsável pelo protocolo World, é diferenciar as interações humanas daquelas feitas por máquinas. Num momento de explosão da inteligência artificial pelo planeta, a World acredita que a verificação de humanidade será relevante diante de desafios como os deepfakes, deep nudes e fraudes de identificação, entre outros golpes.

O assunto é polêmico por causa das dúvidas sobre biometria e privacidade. A World tem entre seus fundadores Sam Altman, o CEO da OpenAI.

Como funciona o World ID?


Para verificar sua humanidade, a pessoa primeiro precisam baixar o World App e realizar um compromisso presencial num dos locais de verificação em São Paulo.

O curioso e futurístico dispositivo Orb captura uma imagem em alta resolução do rosto do usuário e outra dos olhos do usuário, para produzir a chamada textura da íris. Essa participação é totalmente voluntária e gratuita. Todo o procedimento leva cerca de 2 minutos.

A Tools for Humanity explica que a imagem da íris é convertida num certificado digital, de modo que as partes envolvidas no projeto não ficam com a fotografia original. Em vez disso, é como se um hash fosse associado ao usuário. “O World ID verifica a humanidade e a singularidade, não a identidade.”

Todo usuário que se cadastra no World ID recebe cerca de 50 tokens – inicialmente 25, e mais outros 25 com o passar do tempo.

O gerente da operação no Brasil, Rodrigo Tozzi, explica que os dados criptografados são enviados da Orb para o smartphone da pessoa. Na sequência, todas as informações são imediatamente apagadas. Os esclarecimentos foram feitos num evento em São Paulo, do qual o Tecnoblog participou.

O projeto ainda envolve o protocolo World, a blockchain World Chain e a moeda Worldcoin (WLD), que é um token digital emitido a todos os participantes da rede.

Usos da World ID

Ainda de acordo com Tozzi, alguns dos potenciais usos da World ID são:

  • Diferenciar humanos de bots
  • Verificação de conta única
  • Recompensas e ações exclusivas em jogos
  • Em encontros, maximizar conexões de qualidade
  • Prevenção de perfis falsos
  • Prevenção de contas falsas e bots

Os números da World no mundo

  • 7 milhões de humanos verificados
  • 16 milhões de usuários do aplicativo World App
  • 902 Orbs

Presença no Brasil

O World ID foi apresentado no Brasil pela primeira vez em julho de 2023, quando as Orbs fizeram uma espécie de turnê global. O dispositivo de captura de imagem passou por mais de 20 países e apresentou uma prévia dessa tecnologia.

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Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Thássius é editor do Tecnoblog e também atua como comentarista da CBN, palestrante e apresentador de eventos. Já colaborou com o Jornal Nacional e a GloboNews, entre outros veículos da imprensa. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se. Pode ser encontrado como @thassius nas redes sociais.