Samsung e outras empresas paralisam fábricas no Brasil
Abinee aponta que 24% das fábricas de eletroeletrônicos estão paradas no Brasil, entre elas, as da Samsung
Abinee aponta que 24% das fábricas de eletroeletrônicos estão paradas no Brasil, entre elas, as da Samsung
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) entre 23 e 25 de março mostra que 24% das empresas do setor de eletroeletrônicos no Brasil estão com suas linhas de produção parcial ou totalmente paralisadas. Entre elas está a Samsung. Esse é um efeito do avanço do coronavírus (Covid-19) pelo país.
O setor começou a ter problema antes de os primeiros casos de Covid-19 serem confirmados no Brasil. Desde fevereiro que fábricas vinham paralisando produções por conta da falta de componentes e insumos de origem chinesa.
Os atrasos nas entregas foram causados pelas medidas de contenção do coronavírus na China. Por lá, fábricas tiveram que ser paralisadas, assim como escritórios e serviços de transporte público. Sem produzir, a indústria chinesa não conseguia honrar compromissos.
Ainda não dá para dizer que o fornecimento de componentes e insumos chineses normalizou. Agora, no entanto, a paralisação de linhas de produção no Brasil vem ocorrendo principalmente por conta da chegada do coronavírus ao país.
Tal como as fábricas chinesas, as brasileiras precisam interromper atividades como parte dos esforços para conter a Covid-19. Um exemplo é a Samsung, que concordou em dar férias coletivas de 12 dias para os funcionários de sua fábrica em Campinas (SP) a partir de 1º de abril. A informação vem do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.
Não que essa seja uma medida inédita para a Samsung. A fábrica da companhia na Zona Franca de Manaus esteve fechada na semana passada. Além disso, a produção em Campinas ficou interrompida por alguns dias em fevereiro como consequência da falta de peças.
De acordo com a Abinee, das fábricas que paralisaram atividades, 42% relataram que a interrupção é total e, para 58%, parcial. Mais de 60 indústrias do setor eletroeletrônico participaram da pesquisa.
Por conta desse cenário, 30% das empresas sondadas sinalizaram que não irão atingir as metas de produção previstas para o primeiro trimestre de 2020. Para elas, a produção deverá ficar, em média, 34% abaixo do projetado.