Submarino e Shoptime deixarão de existir e serão integrados à Americanas
Em crise desde 2023, quando um rombo de R$ 20 bilhões nos balanços financeiros foi descoberto, Americanas une marcas para melhorar eficiência
Em crise desde 2023, quando um rombo de R$ 20 bilhões nos balanços financeiros foi descoberto, Americanas une marcas para melhorar eficiência
A Americanas anunciou que as lojas online Submarino e Shoptime serão encerradas e integradas à própria Americanas. As duas marcas tinham décadas de história e faziam parte do mesmo grupo desde meados dos anos 2000. A companhia entrou em recuperação judicial em 2023, após a revelação de um rombo bilionário nos balanços financeiros. O caso é investigado pela Polícia Federal.
Clientes de Submarino e Shoptime começaram a receber emails sobre a mudança nesta terça-feira (2). A Americanas já colocou no ar páginas dedicadas às migrações das duas lojas. Elas trazem respostas a possíveis dúvidas que poderão surgir em relação a pedidos, garantias e vale-compras, entre outros assuntos.
Ao jornal O Globo, a Americanas disse que a mudança visa uma “operação mais ágil, rentável e eficiente”, buscando “fortalecer o digital da companhia a partir da marca Americanas”. Ainda segundo a publicação, equipes da empresa envolvidas nas manutenções das plataformas online trabalham no desligamento de Shoptime e Submarino desde maio, incluindo a transferência dos conteúdos para a nova casa.
O Submarino foi uma das primeiras empresas de e-commerce do Brasil, com fundação em 1999. Em 2006, ele foi comprado pelo grupo Americanas. Já o Shoptime ficou famoso com a venda de produtos pela televisão — o canal foi extinto em 2023. Ele fazia parte do conglomerado desde 2005.
Em janeiro de 2023, a Americanas revelou inconsistências contábeis, que representavam um rombo de R$ 20 bilhões no balanço financeiro. O valor, referente a operações de financiamento de compras, não estava registrado de maneira adequada nos demonstrativos. Com isso, a empresa parecia ter um aumento de caixa, o que era falso.
Dias depois, a Americanas apresentou um pedido de recuperação judicial, visando se proteger da cobrança dos credores. A lista de empresas que aguardavam pagamento tinha empresas de tecnologia, como Samsung, Motorola e Apple, além de bancos, fornecedores de serviços, fabricantes de diversos setores e até programas de fidelidade.
Em junho de 2023, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão envolvendo ex-executivos da Americanas. A investigação aponta que as fraudes contábeis visavam o pagamento de bônus para diretoria. Com os dados maquiados, as ações subiam, e o grupo podia vender seus próprios papéis a preços mais altos, ficando com o dinheiro. A Americanas se diz vítima do grupo.
Com informações: O Globo
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