O que é e como funciona o raio-x?
Veja a definição de raio-x, entenda porque o método é usado em exames médicos e saiba como descartar as chapas adequadamente
Segundo o Health Direct, serviço vinculado ao governo australiano, o equipamento de raio-x usa radiação para criar imagens internas do corpo. Ao fazer o exame, popularmente conhecido como radiografia, os tecidos do organismo absorvem de forma diferente a radiação. Os ossos, por exemplo, se destacam na formação das imagens devido à absorção mais alta em relação a tecidos moles, como o muscular.
Entenda melhor o que é o raio-x, como é o seu funcionamento em exames médicos, quais os perigos relacionados à exposição e qual é o local correto para o descarte.

Raio-x: o que é e como funciona?
Antes de explicar o seu funcionamento, alguns conceitos são importantes para entender melhor o que é o raio-x. Sendo assim, de acordo com o National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering (NIBIB), instituição governamental dos Estados Unidos, o raio-X é uma forma de radiação eletromagnética que tem alto nível de energia.
O NIBIB também explica que radiação é a emissão de energia como ondas eletromagnéticas ou como partículas subatômicas em movimento — especialmente partículas de alta energia que causam ionização.
No exame médico, a parte do corpo analisada é posicionada entre a fonte e o detector de raios-x. Quando a máquina é ligada, essa radiação pode “atravessar” o corpo ou ser absorvida, em maior ou menor grau, pelos diferentes tecidos do organismo.
Nos ossos, por exemplo, há cálcio: elemento químico com número atômico mais alto que componentes de outros tecidos. Essa propriedade colabora para um nível mais alto de absorção dos raios-x. Como resultado, estruturas ósseas aparecem mais brancas do que outros tecidos contra o fundo escuro da radiografia.
Tipos de exame de raio-X e indicação
De acordo com o Health Direct, há vários tipos de exames de raio-x, entre eles:
- Radiografia plana;
- Angiografia — produz imagens dos vasos sanguíneos;
- Fluoroscopia — produz imagens em movimento das estruturas internas do corpo;
- Mamografia — examina o tecido mamário e pode detectar precocemente o câncer de mama;
- Tomografia Computadorizada — uma combinação da tecnologia tradicional de raios-x com processamento de computador para gerar imagens tridimensionais de seções do corpo.
Exames de raio-x podem ser feitos para identificar problemas nos ossos como fraturas, deslocamentos e infecções. Além de doenças e outras condições como, por exemplo, pneumonia, insuficiência cardíaca e tumores. Outra utilidade é detectar a presença de objetos estranhos no interior do corpo.

Exames de raio-x usam pequenas quantidades de radiação para gerar as imagens. Segundo o Health Direct, isso pode aumentar — bem pouco — o risco de desenvolvimento de câncer alguns anos depois. Em complemento, de acordo com o NIBIB, como o exame faz uso de radiação ionizante, o número de exposições ao método de diagnóstico pode aumentar esse risco.
Além disso, em circunstâncias não emergenciais, é contraindicado que mulheres grávidas sejam expostas a raios-x. Principalmente quando imagens do abdome ou da pelve são requeridas, outros tipos de exames podem ser pedidos, como a ressonância magnética ou a ultrassonografia. Nessa questão, a precisão oferecida por cada tipo de exame influencia na decisão do médico.
É importante destacar que há metais pesados, principalmente a prata, na composição das chapas (películas) de raio-x. Sendo assim, não é indicado o descarte em lixos comuns, pois isso pode contribuir para a contaminação do solo e da água.
Postos de saúde e hospitais, comumente, também funcionam como ponto de recolhimento desse tipo de material — que posteriormente é enviado para reciclagem. Vale conferir no site da prefeitura da sua cidade se há um local indicado para o descarte adequado.
Outro ponto relevante: os exames não devem ser descartados rapidamente, pois podem ser úteis para, posteriormente, apresentar condições preexistentes ao seu médico. Entretanto, para deixar as chapas guardadas em casa, é importante mantê-las dentro de envelopes e embalagens de papel ou plástico. Além disso, evite locais de armazenamento expostos à umidade ou calor excessivo.
Por fim, uma curiosidade: quem inventou o raio-x? A invenção é atribuída ao fisicista Wilhelm Conrad Röntgen — vencedor do primeiro Prêmio Nobel de Física, em 1901.
Para criar as primeiras imagens de raio-x, Röntgen pediu ajuda à sua esposa. Ele posicionou a mão da mulher entre uma fonte de radiação e uma placa fotográfica especial. Ao ativar o mecanismo em um ambiente escuro, percebeu que os ossos da mão e a aliança da esposa deixavam uma sombra mais intensa na placa fotográfica, enquanto outras estruturas formavam um sombreamento leve.
Com informações de: Health Direct, NIBIB, How Stuff Works, The Nobel Prize, SPDM e Framaq