O que é e como funciona o Rumble
Conheça a plataforma de vídeos dita como imune à cultura do cancelamento, que pretende rivalizar com o YouTube usando uma proposta diferente
Conheça a plataforma de vídeos dita como imune à cultura do cancelamento, que pretende rivalizar com o YouTube usando uma proposta diferente
O Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeos que começou a ficar conhecida por brasileiros em 2022, após a ida de alguns podcasters para o serviço que prega ser uma plataforma neutra, a favor da diversidade de ideias e da liberdade de expressão. Veja o que é como funciona o Rumble.
Apesar do serviço começar a ficar mais conhecido pelos brasileiros em 2022, o Rumble existe desde 2013, quando foi criado por Chris Pavloviski, programador e ex-funcionário da Microsoft.
Segundo seu criador, o serviço surgiu com objetivo de ser uma plataforma de compartilhamento de vídeos focada em dar espaço ao discurso livre, valorizando autenticidade dos criadores de conteúdo e contra a cultura do cancelamento. O Rumble informou que em 2021 a plataforma contava com mais de 36 milhões de usuários ativos, o que ainda pouco se comparado ao YouTube que contava com mais de 1.86 bilhão de usuários no mesmo ano.
Embora muitas personalidades presentes na plataforma não sejam conhecidas no Brasil, o serviço conta com a presença do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, que publica semanalmente vídeos de encontros com apoiadores.
Apesar de a plataforma ter muito conteúdo envolvendo política, finanças, opiniões polêmicas e algumas vezes, informações não muito confiáveis, também é possível encontrar conteúdos virais mais leves como vídeos de gatos, curiosidades, videogames e outros materiais relacionados ao entretenimento.
O serviço funciona de maneira bastante semelhante ao YouTube, ou seja, você pode acessar vídeos dos canais e personalidades que conhece ou procurar por novidades e temas específicos. Na primeira página existe um campo chamado “Top Videos” que funciona de forma semelhante ao “Em Alta” do YouTube.
Um fator que pode atrair novos usuários está relacionado com a facilidade de monetizar vídeos, pois no Rumble não é necessário ter um número determinado de inscritos em seu canal e seguir tantas exigências como nas regras de monetização do YouTube.
Em 2021, o Rumble também adquiriu o Locals, uma plataforma que permite pessoas apoiarem financeiramente criadores de conteúdo através de um sistema de assinatura, em que é possível doar “Coins”, as moedas da plataforma, que podem ser convertidas em dinheiro. É um sistema parecido com o utilizado na Twitch.
O Brasil entrou nos planos do serviço ao informar que o podcaster Monark, após ter seu canal desmonetizado no YouTube e depois excluído, em decorrência de suas declarações polêmicas sobre o nazismo, assumiu um podcast exclusivo na plataforma. Outro nome conhecido, mas de um espectro ideológico diferente a entrar na plataforma é o ativista de esquerda, autor e rapper, Ferréz.
A estratégia do serviço parece ter o objetivo de investir em criadores de conteúdo focados em opinião, que estavam com alguma espécie de restrição ou não concordavam com as políticas do YouTube.
Devido a sua natureza em favor do discurso livre, o Rumble permite que os usuários postem conteúdo sem muitas restrições, embora existam alguns limites que não podem ser ultrapassados como postar conteúdo pornográfico, falar sobre esquemas de pirâmides e incitar discursos de ódio.
Apesar destas restrições, a plataforma não faz uma moderação rigorosa e não deixa muito claro como acompanha e aplica punições aos criadores que não respeitam as regras. Afinal, em uma busca simples, foi fácil encontrar muito conteúdo antivacina sem qualquer comprovação científica.
O Rumble pode ser uma nova plataforma alternativa para consumir vídeos ou mesmo monetizar seu conteúdo, mas assim como em outros serviços é necessário ficar atento quanto as informações encontradas por lá.
Com informações: Rumble, Semrush