O que é Internet das Coisas (IoT)? Entenda como funciona e veja exemplos de aplicações

A Internet das Coisas tem potencial para tornar vários setores mais eficientes, como Indústria, Saúde, Agricultura, Varejo e Meio Urbano

Lupa Charleaux Victor Toledo
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• Atualizado ontem às 17:14
O conceito de Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT) é o de uma enorme rede de dispositivos conectados que possuem a capacidade de transferir dados através de uma rede sem a necessidade de interferência humana.
O que é Internet das Coisas (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Internet das Coisas (IoT) é uma tecnologia que conecta objetos da nossa rotina à internet, para que se comuniquem e troquem dados. Essa conexão permite a criação de um ambiente inteligente e automatizado com os dispositivos “conversando” entre si.

Os aparelhos IoT possuem sensores e softwares para coletar dados do ambiente, que são transmitidos e processados em servidores na nuvem. Então, aplicativos e assistentes virtuais podem ser usados para controlar esses dispositivos remotamente.

É possível encontrar vários exemplos de IoT no nosso dia a dia, como sistemas de iluminação, de entretenimento e outros dispositivos inteligentes. Já na indústria, a tecnologia é aplicada para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência.

A seguir, conheça mais sobre o que é a Internet das Coisas, como ela funciona e a sua importância.

O que é Internet das Coisas?

A Internet das Coisas – ou IoT – é uma rede de dispositivos inteligentes conectados à internet que podem coletar e trocar dados entre si e a nuvem. Esses aparelhos com sensores e softwares embarcados permitem a automatização de tarefas e a otimização de processos.

Assim, a IoT oferece benefícios como comodidade, eficiência e personalização. Algo que possibilita que os dispositivos inteligentes sejam adotados nas rotinas de ambientes domésticos, corporativos ou industriais.

O que significa IoT?

IoT é a sigla para Internet of Things (Internet das Coisas, em português). Esse termo é aplicado à rede de dispositivos conectados à internet que se comunicam entre si e com a nuvem, coletando e trocando dados.

A Internet das Coisas surgiu como?

A Internet das Coisas teve suas raízes no final da década de 1990, quando o termo foi cunhado pelo cientista da computação americano Kevin Ashton. O conceito central era conectar objetos do cotidiano à internet usando sensores e softwares de comunicação.

Ashton propôs o uso de chips de identificação por radiofrequência (RFID) para rastrear produtos na cadeia de suprimentos da Procter & Gamble. Então, a ideia mostrou o potencial da tecnologia para otimizar processos e coletar dados da operação.

A IoT se expandiu rapidamente com avanço tecnológico no início dos anos 2000, especialmente com a redução do tamanho de componentes eletrônicos. Isso permitiu que os gadgets fossem adotados nos setores da indústria, saúde e agricultura.

Para mais, a redução dos custos e o aumento da capacidade de processamento permitiu que a Internet das Coisas chegasse aos lares. Assim, a popularização de dispositivos inteligentes e assistentes virtuais tornou a tecnologia amplamente presente no dia a dia de várias pessoas.

Assistente virtual preta em formato esférico. Está sobre uma superfície azul.
Echo Dot 4ª Geração é um exemplo de dispositivo inteligente conectado à Internet das Coisas (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Qual é a importância da Internet das Coisas?

A Internet das Coisas tem revolucionado diversos setores, desde a indústria até a agricultura, proporcionando uma série de benefícios. Veja alguns exemplos:

  • Automação residencial: controle de dispositivos remotamente por comando de voz ou apps, criação de ambientes inteligentes e aumento da segurança;
  • Agricultura: dispositivos de monitoramento de condições do solo, clima, plantações e rebanhos. Coleta de dados para gestão de recursos e das cadeias de suprimentos;
  • Indústrias: equipamentos para otimização de processos, redução de custos, sistemas de prevenção de falhas em maquinários e melhoria na qualidade dos produtos;
  • Saúde: monitoramento remoto de pacientes por meio de dispositivos, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças e na personalização de tratamentos;
  • Cidades inteligentes: gestão de tráfego, coleta de lixo, iluminação pública e outros serviços urbanos com ajuda de sensores e câmeras;
  • Transporte: gadgets e softwares para acompanhar o desempenho de veículos, verificar condições de cargas, otimizar rotas e rastrear remessas;
  • Varejo: personalização da experiência do cliente, sensores de otimização de estoques e melhoria da eficiência das operações.

Como a Internet das Coisas funciona?

O funcionamento da Internet das Coisas pode ser dividido em três etapas principais:

  • Coleta de dados: dispositivos inteligentes, como smart speakers, sensores de movimento e câmeras, usam tecnologias para coletar dados do ambiente. Por exemplo, um usuário usar o comando de voz para pedir que a Alexa acenda a luz;
  • Conexão: os dados coletados pelos gadgets são transmitidos para a nuvem e outros dispositivos por meio de redes sem fio (Wi-Fi, Bluetooth, 4G, 5G). Então, as informações são processadas e armazenadas na nuvem;
  • Aplicações: algoritmos de Inteligência Artificial analisam os dados coletados, permitindo identificar padrões e tomar decisões. Por exemplo, acender as luzes de um ambiente ao atender à solicitação do usuário.

Quais são os exemplos de dispositivos da Internet das Coisas?

A Internet das Coisas está presente em diversas áreas do nosso dia a dia, conectando objetos do cotidiano à internet. Alguns exemplos de dispositivos IoT incluem:

  • Casas Inteligentes: smart TVs, smart speakers, assistentes virtuais como Alexa e Google Assistente permitem controlar diversos aparelhos domésticos por voz ou apps, otimizando o consumo de energia e oferecendo mais conforto;
  • Vestíveis: anéis inteligentes, relógios inteligentes, pulseiras fitness e outros dispositivos monitoram atividades físicas, batimentos cardíacos e outros dados de saúde, além de receber notificações de aplicativos e chamadas;
  • Monitoramento de Saúde: sensores de glicose, bombas de insulina e outros dispositivos médicos conectados permitem um monitoramento contínuo da saúde, especialmente em tratamentos de doenças crônicas;
  • Automóveis: sistemas de navegação, assistente de voz, sensores de estacionamento e outros recursos conectados tornam os carros mais seguros. Além disso, a IoT permite a coleta de dados de desempenho, otimizando a manutenção e reduzindo custos;
  • Ferramentas industriais: sensores de temperatura, pressão, umidade e outros permitem monitorar processos industriais em tempo real, otimizando a produção, reduzindo tempo de inatividade e coletando dados para análises.
Galaxy Ring prateado no polegar (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Ring é uma nova opção de vestíveis que podem estar conectados à Internet das Coisas (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

Quais são as vantagens da Internet das Coisas?

A Internet das Coisas oferece uma série de vantagens que mudam como interagimos com o mundo ao nosso redor:

  • Automação: a IoT automatiza tarefas, desde controlar a iluminação em casa até otimizar processos industriais. Isso resulta em maior eficiência, redução de custos e, em muitos casos, maior segurança;
  • Conectividade: a IoT conecta dispositivos e sistemas, permitindo a troca de dados em tempo real. A conectividade possibilita a criação de ambientes interligados, como casas conectadas e cidades inteligentes;
  • Dados em tempo real: a coleta de dados em tempo real permite monitorar processos, identificar problemas e tomar decisões mais precisas e rápidas. Por exemplo, sensores em equipamentos industriais podem detectar falhas antes que elas causem problemas;
  • Experiência do usuário: a IoT personaliza experiências, tornando produtos e serviços mais atrativos. Por exemplo, um smart speaker que toca podcasts de notícias pela manhã após o usuário solicitar essa ação frequentemente;
  • Otimização de processos: a análise de dados coletados permite otimizar processos em diversos setores, como indústria, agricultura e saúde;
  • Sustentabilidade: a IoT contribui para a sustentabilidade ao permitir a redução do consumo de energia e recursos. Prédios inteligentes, por exemplo, podem ajustar o uso do ar-condicionado central conforme a ocupação e condições climáticas.

Quais são as desvantagens da Internet das Coisas?

A Internet das Coisas, apesar das suas vantagens, apresenta algumas questões vistas como desvantagens. Por exemplo:

  • Gerenciamento complexo: a gestão de vários dispositivos inteligentes simultaneamente pode ser complexa e exigir conhecimento técnico, afastando usuários menos familiarizados com tecnologia;
  • Compatibilidade: a falta de um padrão universal de comunicação pode, em alguns casos, limitar a interoperabilidade entre diferentes dispositivos e plataformas;
  • Segurança: a crescente conectividade aumenta o risco de ataques cibernéticos, como invasões, sequestros de dispositivos e vazamentos de dados;
  • Dependência da rede: a maioria dos dispositivos IoT é altamente dependente da conexão estável à internet. Uma falha na rede pode afetar o desempenho e a disponibilidade dos serviços;
  • Custo: a implementação e manutenção de sistemas IoT podem envolver custos elevados, tanto em hardware quanto em software.

Quais são os riscos de segurança da Internet das Coisas?

A Internet das Coisas pode apresentar riscos à segurança, caso os usuários não tenham cuidados com os dispositivos e seus dados. Alguns deles são:

  • Falta de criptografia: muitos dispositivos não protegem as informações transmitidas, facilitando a interceptação de dados pessoais e sensíveis por hackers;
  • Exposição de dados: ao se conectar à internet, os dispositivos podem coletar dados pessoais, como nome, endereço e hábitos, que podem ser usados por hackers para fins maliciosos. Crie senhas fortes para proteger suas contas e redes Wi-Fi;
  • Roubo de dispositivos: criminosos podem explorar vulnerabilidades de dispositivos desprotegidos ou desatualizados para controlá-los remotamente e monitorar atividades. Se possível, mantenha os gadgets inteligentes sempre atualizados;
  • Ataques de negação de serviço (DoS): hackers podem sobrecarregar dispositivos ou redes inteiras, deixando os aparelhos conectados indisponíveis para uso.
Ilustração com o texto "AI" ao centro
Inteligência Artificial tem forte participação na Internet das Coisas (Ilustração: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Qual é a diferença entre Internet das Coisas e Inteligência Artificial?

Internet das Coisas é uma rede de dispositivos inteligentes conectados à internet, capazes de coletar e trocar dados. Esses gadgets podem automatizar tarefas e otimizar processos em diversos setores, desde casas inteligentes até indústrias.

A Inteligência Artificial, por sua vez, é um ramo da ciência da computação que busca criar sistemas capazes de simular a inteligência humana. Um exemplo são os algoritmos de Machine Learning, que permitem que os sistemas de IA identifiquem padrões nos dados coletados pela IoT, tomando decisões e realizando previsões.

A Internet das Coisas usa Inteligência Artificial?

Sim, a Internet das Coisas usa significativamente a Inteligência Artificial. A IA permite que os dispositivos IoT analisem grandes quantidades de dados coletados por sensores, identificando padrões e tendências.

Isso possibilita a criação de experiências personalizadas, como o acendimento automático das luzes de casas inteligentes. Já em um processo industrial, a IA analisa os dados dos sensores de IoT para identificar sinais de desgaste e prever falhas graves antes que elas ocorram.

Para mais, a IA permite que os dispositivos IoT tomem decisões autônomas, otimizem o consumo de energia e se adaptem às mudanças no ambiente. Todas essas etapas são realizadas sem a intervenção humana.

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Lupa Charleaux

Lupa Charleaux

Repórter

Nerd por natureza, Lupa Charleaux é formado em Jornalismo Multimídia pela São Judas Unimonte (2012). Iniciou a carreira como repórter de entretenimento em 2013, mas migrou para a editoria de tecnologia em 2019. Construiu experiência na área ao produzir notícias diárias sobre eletrônicos (celulares, vestíveis), inovação, mercado e conteúdos especiais sobre os temas. É repórter do Tecnoblog desde outubro de 2023. Anteriormente, atuou como redator de tecnologia e entretenimento no TecMundo (2019-2021/2022-2023) e redator de produtos no Canaltech (2021-2022).

Victor Toledo

Victor Toledo

Analista de conteúdo

Victor Toledo é jornalista formado pela Unesp, com ensino técnico em informática. Antes de entrar para o time do Tecnoblog, em 2021, escreveu sobre informática, eletrônicos e videogames no TechTudo (Editora Globo) e no Zoom. Atua na estratégia de conteúdo e SEO do Tecnoblog. É apaixonado por esportes e passa boa parte do tempo livre em simuladores de corrida e assistindo todo e qualquer tipo de esporte na TV.

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