O relógion inteligente Apple Watch é um dos wearables mais populares (imagem: Lucas Braga/Tecnoblog)
Wearables são dispositivos eletrônicos vestíveis que integram tecnologia em itens do dia a dia, como relógios, óculos e anéis. A tecnologia de um wearable coleta e processa dados em tempo real, interagindo com o usuário e, muitas vezes, com outros dispositivos.
O funcionamento envolve sensores que monitoram métricas físicas ou do ambiente, transmitindo as informações para um smartphone via Bluetooth ou Wi-Fi. Isso permite o acompanhamento de atividades físicas até o recebimento de notificações.
Os exemplos de vestíveis incluem o relógio inteligente Apple Watch, a pulseira Xiaomi Mi Band e o anel Samsung Galaxy Ring. Os óculos inteligentes Meta Ray Ban também ajudam a ilustrar a lista de dispositivos com essas características.
Saiba mais sobre o que são os wearables, as tecnologias empregadas e suas vantagens.
O que é um wearable?
Weareables, ou vestíveis, são uma categoria de dispositivos inteligentes projetados para serem usados diretamente no corpo, integrando a tecnologia a rotina dos usuários. Eles oferecem diferentes funções, como monitoramento de saúde, comunicação e até entretenimento.
Esses dispositivos podem ser encontrados em formatos de relógios, pulseiras, anéis, óculos e roupas. Práticos e discretos, eles coletam dados e interagem com o ambiente ao redor do usuário.
O que significa “wearable”?
A palavra “Wearable” pode ser traduzida diretamente para “vestível” em português. Ou seja, tecnologias projetadas para serem usadas no corpo como acessórios ou incorporadas em vestimentas.
Relógios inteligentes, como o Samsung Galaxy Watch, permite monitorar atividades físicas (imagem: Felipe Freitas/Tecnoblog)
Para que servem os wearables?
Os wearables têm funcionalidades que servem para o monitoramento de saúde (frequência cardíaca, oxigenação do sangue e temperatura corporal) e de atividades físicas. Assim, eles fornecem dados sobre o corpo e a rotina do usuário.
Esses dispositivos também são úteis na área da saúde, permitindo o monitoramento remoto de pacientes e o gerenciamento de doenças crônicas. Isso facilita a coleta contínua de dados, permitindo um acompanhamento mais preciso e personalizado.
Além da saúde, os vestíveis ampliam as formas de entretenimento e produtividade. Relógios e óculos inteligentes, por exemplo, oferecem navegação sem as mãos, controle de notificações e integração com assistentes virtuais, transformando a interação com a tecnologia.
Quais são os principais exemplos de wearables?
Estes são alguns exemplos de dispositivos vestíveis:
Smartwatches (relógios inteligentes): dispositivos usados no pulso que oferecem funções como notificações de smartphone, monitoramento de condicionamento físico, GPS e pagamentos. Exemplos: Apple Watch, Samsung Galaxy Watch;
Smartband (pulseiras fitness): equipamentos de pulso focados em atividades físicas, capazes de medir passos, frequência cardíaca, calorias queimadas e qualidade do sono. Exemplos: Xiaomi Mi Band, Samsung Galaxy Fit;
Smart ring (anéis inteligentes): dispositivos discretos usados nos dedos, que podem medir dados de saúde do usuário, como frequência cardíaca, oxigenação do sangue e monitoramento do sono. Exemplos: Oura Ring, Samsung Galaxy Ring;
Smartglasses (óculos inteligentes): modelos de óculos que usam Realidade Aumentada (RA) para sobrepor informações digitais ao mundo real, permitindo interações com o ambiente ao redor. Exemplos: Google Glass, Meta Ray Ban;
Roupas inteligentes: vestuário com sensores e componentes eletrônicos incorporados, capazes de coletar dados corporais como frequência cardíaca, respiração e movimentos durante atividades físicas. Exemplos: camisetas de compressão com biossensores, meias que monitoram a pisada;
Dispositivos médicos vestíveis: equipamentos projetados para monitorar a saúde e detectar condições específicas, registrando dados importantes para diagnóstico e acompanhamento. Exemplos: monitores de glicose contínuos, dispositivos portáteis de eletrocardiograma (ECG);
Óculos de realidade virtual (VR): headsets que proporcionam imersão total em ambientes digitais, substituindo completamente a visão do mundo real por telas de alta resolução. Exemplos: Meta Quest, HTC Vive.
Samsung Galaxy Ring é um dos exemplos recentes de vestíveis para monitoramento de saúde (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Como os wearables funcionam?
Os vestíveis costumam usar sensores avançados, processadores e conectividade sem fio. Os sensores, como acelerômetro e monitoramento de batimentos cardíacos, captam dados físicos do usuário, como passos, frequência cardíaca ou localização.
O processador analisa os dados brutos, transformando-os em informações armazenadas na memória do dispositivo. Esse componente também permite que o próprio aparelho tenha autonomia para realizar outras funções simultaneamente.
Por fim, os dados podem ser visualizados diretamente na tela do wearable, como em um smartwatch, ou transferidos para smartphones e outros aparelhos via Bluetooth ou Wi-Fi para análise e armazenamento mais aprofundado.
Quais são as tecnologias disponíveis nos dispositivos vestíveis?
Os dispositivos vestíveis integram diversas tecnologias disponíveis em outros eletrônicos de consumo para oferecer funcionalidades avançadas. Algumas delas são:
Sensores: essenciais para coletar dados, eles incluem acelerômetros, giroscópios, GPS, monitores de frequência cardíaca e sensores de temperatura corporal, permitindo o registro de informações de saúde, atividade física e localização;
Processadores: atuam como o “cérebro” do wearable, executando instruções do sistema e dos usuários, além de processarem os dados coletados pelos sensores;
Sistemas operacionais: software que gerencia o hardware do equipamento e os aplicativos, otimizado para a interface e funcionalidades específicas;
Memória e armazenamento: a memória flash (ROM) salva dados a longo prazo, enquanto a RAM é usada para processar dados de curto prazo, garantindo que o dispositivo armazene informações e execute aplicativos de forma eficiente;
Tela: apresenta informações e permite a interação do usuário. Alguns vestíveis, como smartwatches, contam com displays sensíveis ao toque, enquanto outros podem ter apenas mostradores de informações básicas;
Módulos de conectividade: realizam a comunicação com smartphones, redes e outros dispositivos. As tecnologias mais comuns são Bluetooth e NFC para conexão próxima e Wi-Fi para acesso à internet.
Smartband Xiaomi Mi Band 6 possui conexão via Bluetooth com outros dispositivos (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Quais são as vantagens dos wearables?
Estes são alguns pontos positivos comuns em wearables:
Portabilidade e conforto: os dispositivos projetados para serem usados no corpo são leves, discretos e possuem um design pensado para o uso contínuo e confortável;
Operação hands-free: smartwatches e óculos de Realidade Aumentada podem ser controlados por comandos de voz ou gestos, liberando as mãos para outras tarefas;
Aumento da produtividade e organização: os dispositivos ajudam a gerenciar tarefas rápidas em qualquer lugar, com lembretes, agendas e acesso rápido a informações;
Monitoramento de dados em tempo real: eles fornecem dados instantâneos sobre saúde e bem-estar, sendo essenciais para monitorar pacientes e otimizar rotinas de exercícios;
Comunicação aprimorada: muitos wearables recebem notificações, chamadas e mensagens, permitindo que interagir sem precisar pegar o celular ou outro dispositivo;
Segurança pessoal reforçada: vestíveis com GPS auxiliam na localização de pessoas e, em casos de emergência, alguns modelos detectam quedas ou acidentes, acionando contatos de confiança e serviços de resgate;
Pagamento e acesso convenientes: alguns weareables permitem fazer pagamentos sem contato ou destrancar portas, transformando o dispositivo em uma carteira e chave digital;
Experiências imersivas de Realidade Aumentada (RA): óculos inteligentes e outros vestíveis com RA sobrepõem informações digitais ao mundo real, enriquecendo a percepção do ambiente com dados e gráficos interativos.
Quais são as desvantagens dos wearables?
Estes são alguns pontos negativos encontrados nos wearables:
Tamanho e usabilidade da tela: o formato compacto dos wearables, como smartwatches e smartbands, geralmente resulta em telas pequenas, o que pode dificultar a navegação em menus e a interação com aplicativos;
Duração da bateria: muitos dispositivos podem ter uma duração de bateria limitada devido ao design compacto e ao alto consumo de energia, exigindo recargas frequentes;
Preocupações com privacidade e segurança: os vestíveis coletam grande quantidade de dados pessoais, como biometria, localização e padrões de comportamento, que podem ser vulneráveis a vazamentos ou uso indevido;
Precisão e confiabilidade de dados: os dados coletados por wearables comerciais, especialmente os relacionados à saúde, podem não ser totalmente precisos ou confiáveis para fins médicos, necessitando de confirmação profissional;
Alto custo: dispositivos avançados, como óculos inteligentes, costumam ter preços elevados, tornando-os inacessíveis para uma parcela maior de usuários.
O smartwatch Apple Watch Series 6 e a smartband Xiaomi Mi Band 7 (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Qual é a diferença entre smartwatchs e smartbands?
Os smartwatches são vestíveis multifuncionais que vão além do monitoramento de atividades físicas. Eles apresentam telas maiores e maior variedade de recursos, como gerenciar notificações, usar GPS, pagamentos por aproximação e fazer e receber chamadas quando conectados ao celular via Bluetooth ou Wi-Fi.
Já as smartbands são acessórios focados especialmente no monitoramento de atividades físicas e bem-estar. Geralmente, apresentam um design mais discreto e telas menores, além de recursos mais limitados que exigem a conexão com o celular via Bluetooth.
Qual é a diferença entre wearables e smartphones?
Os wearables são dispositivos compactos projetados para serem usados no corpo do usuário, como smartwatches, pulseiras fitness e óculos inteligentes. Com design discreto e confortável para se integrar ao dia a dia, eles oferecem funções como monitoramento de saúde, recebimento de notificações e controle de música.
Os smartphones são dispositivos que combinam funções de telefone com recursos de computador. Eles são mais potentes e versáteis, permitindo realizar chamadas, navegar na internet, acessar redes sociais, tirar fotos e executar aplicativos mais complexos.
Wearables precisam do smartphone para funcionar?
Não, os wearables não dependem constantemente de um smartphone. A maioria funciona de forma independente para as funções básicas, exigindo conexão com o celular apenas para a configuração inicial e a sincronização de dados mais detalhada.
É possível usar wearables sem internet?
Sim, muitos wearables funcionam sem internet para funções básicas, como monitoramento de atividade física e saúde. No entanto, a sincronização de dados e o acesso a recursos avançados, como notificações e GPS em tempo real, geralmente exigem conectividade.
Nerd por natureza, Lupa Charleaux é formado em Jornalismo Multimídia pela São Judas Unimonte (2012). Iniciou a carreira como repórter de entretenimento em 2013, mas migrou para a editoria de tecnologia em 2019. Construiu experiência na área ao produzir notícias diárias sobre eletrônicos (celulares, vestíveis), inovação, mercado e conteúdos especiais sobre os temas. É repórter do Tecnoblog desde outubro de 2023. Anteriormente, atuou como redator de tecnologia e entretenimento no TecMundo (2019-2021/2022-2023) e redator de produtos no Canaltech (2021-2022).
Victor Toledo
Analista de conteúdo
Victor Toledo é jornalista formado pela Unesp, pós-graduando em Business Intelligence e com ensino técnico em informática. Antes de entrar para o time do Tecnoblog, em 2021, escreveu sobre informática, eletrônicos e videogames no TechTudo (Editora Globo) e no Zoom. Atua na estratégia de conteúdo e SEO do Tecnoblog. É apaixonado por esportes e passa boa parte do tempo livre praticando futevôlei e assistindo todo e qualquer tipo de esporte na TV.