Uma olhada de perto no Apple Watch Series 3 com 4G

O smartwatch da Apple não precisa mais do celular para se comunicar

Paulo Higa
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• Atualizado há 3 semanas

O Apple Watch Series 3 com suporte a redes celulares (GPS + Cellular) está chegando ao mercado brasileiro. Com preços sugeridos a partir de R$ 3.199, o relógio permite monitorar atividades físicas, ouvir música por streaming e receber ligações mesmo quando o iPhone não estiver com você. As vendas começam nesta sexta-feira (15), e eu fui dar uma olhada de perto nele.

O que tem de novo?

O modelo com suporte a redes celulares tem poucas diferenças em relação ao Apple Watch somente com GPS. Visualmente, a única mudança está na coroa digital, que traz um detalhe vermelho na ponta. Por dentro, há o dobro de armazenamento (16 GB) e um cartão SIM embutido (eSIM), que requer configuração junto à operadora para entrar em funcionamento.

Os preços são 600 reais mais altos que a versão básica: o Apple Watch de 38 mm custa R$ 2.599 (GPS) ou R$ 3.199 (GPS + Cellular), enquanto o de 42 mm sai por R$ 2.849 (GPS) ou R$ 3.449 (GPS + Cellular), ambos com pulseira esportiva. O mais caro é o de 42 mm com pulseira preto-espacial estilo milanês, por R$ 6.299. Quem comprar o relógio em uma loja da Claro terá descontos.

Como funciona?

Por enquanto, a única operadora brasileira com 4G no Apple Watch é a Claro. O processo de ativação exige abrir o aplicativo Watch, fazer login com as credenciais do Minha Claro e assinar o Claro Sync, por um adicional mensal de R$ 29,99 (os três primeiros meses são gratuitos). Esse serviço está disponível apenas para assinantes de planos pós-pagos.

Depois de confirmar a operação, o 4G é ativado dentro de alguns minutos (menos de cinco, no meu caso). A partir daí, sempre que você estiver longe do iPhone, o Apple Watch irá utilizar a rede móvel para continuar realizando todas as operações. O número de telefone é o mesmo em ambos os dispositivos, e as franquias de minutos e dados são compartilhadas.

Vale lembrar que os modelos homologados no Brasil são A1889 (38 mm) e A1891 (42 mm), os mesmos vendidos em alguns países na Europa e na Ásia. O Apple Watch com 4G comercializado nos Estados Unidos não é compatível com nenhuma das frequências brasileiras de LTE, portanto, ele não funcionará com as redes daqui.

E como é usar isso?

O modelo que estou testando, de 38 mm, com pulseira esportiva, pesa apenas 28,7 gramas. Eu estou acostumado com um Garmin Fenix 5S de 67 gramas no pulso, então a leveza me chamou bastante atenção.

A pequena tela OLED, apesar de não ser transflexiva, tem brilho e contraste altíssimos e não decepciona na legibilidade mesmo com o sol rachando. Só que, como em todo eletrônico que suporta comandos de toque, ela logo fica melecada de impressões digitais.

E o software é onde a Apple e seu ecossistema se destacam, com aplicativos notavelmente melhores que os do Wear OS ou Tizen: além de terem interfaces mais bem trabalhadas para um touchscreen minúsculo, eles mostram mais informações, possuem mais recursos e estão em maior número — neste primeiro momento, o único de que sinto falta é o Spotify.

Mas, no final das contas, o que realmente faz diferença é o fato de que o Apple Watch com 4G deixa de ser um mero acessório de smartphone para se tornar um gadget independente: é libertadora a possibilidade de sair para correr sem se preocupar se alguém está te ligando ou enviando mensagem, enquanto escuta uma playlist sem se importar se você baixou ela previamente ou não.

Review completo

A análise completa do Apple Watch Series 3 GPS + Cellular será publicada em breve. O que vocês querem saber sobre ele?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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