TP-Link anuncia smartphones Neffos X1 com até 4 GB de RAM por R$ 1.399

Com design metálico, bom hardware e preço competitivo, TP-Link quer deixar de ser conhecida só como a fabricante de roteadores

Paulo Higa
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• Atualizado há 10 meses

Mais conhecida por seus roteadores, a TP-Link anunciou nesta quarta-feira (5) o Neffos X1, um smartphone com design metálico e configurações de hardware intermediárias. É a terceira linha de smartphones da fabricante chinesa no Brasil, depois dos básicos Neffos C5 e Y5, lançados em 2016, que chamaram a atenção pelo custo-benefício.

Dois modelos serão vendidos no mercado brasileiro, Neffos X1 e Neffos X1 Max, que se diferenciam pela tela, bateria e clock do processador. Ambos possuem câmeras de 13 megapixels (traseira) e 5 megapixels (frontal), leitor de impressões digitais na traseira, conexão 4G e entrada para dois chips de operadoras.

O Neffos X1 possui tela IPS LCD de 5 polegadas (1280×720 pixels), processador octa-core MediaTek Helio P10 (quatro Cortex-A53 de 1,8 GHz e outros quatro Cortex-A53 de 1 GHz) e bateria de 2.250 mAh (boo!). A versão mais acessível tem 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento, com preço sugerido de R$ 849, enquanto uma mais potente, com 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, será vendida por R$ 999.

Já o Neffos X1 Max traz display de 5,5 polegadas (1920×1080 pixels), uma versão mais poderosa do Helio P10 (quatro Cortex-A53 de 2,0 GHz e quatro Cortex-A53 de 1,2 GHz) e bateria de 3.000 mAh, com suporte a carregamento rápido. Ele será vendido por R$ 1.099 (3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento) e R$ 1.399 (4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento).

O design tem características bacanas para um aparelho dessa categoria, como o acabamento metálico e a curvatura na traseira — a ergonomia do X1 é boa, me lembrando vagamente o primeiro Moto X. Também há um seletor na lateral, que serve para colocar o aparelho no modo silencioso, semelhante ao que encontramos nos iPhones e OnePlus.

O hardware também agrada à primeira vista. Ainda precisamos testar os aparelhos com calma, mas o Neffos X1 Max entrega bons números em sua faixa de preço: enquanto a Lenovo foi criticada por colocar apenas 2 GB de RAM no Moto G5 Plus, de R$ 1.499, a TP-Link foi mais agressiva, cobrando 100 reais a menos pelo dobro de RAM e armazenamento. Isso fica ainda mais interessante se considerarmos que os aparelhos serão importados neste primeiro momento, não aproveitando benefícios fiscais.

O Android 6.0 Marshmallow segue a cartilha das fabricantes chinesas, removendo o menu de aplicativos e deixando todos os ícones e widgets nas telas iniciais. Há pequenas modificações visuais, mas os smartphones não trazem aplicativos inúteis ou joguinhos de demonstração pré-instalados. A TP-Link afirmou que a atualização para o Nougat já está sendo testada, mas não divulgou uma previsão de liberação.

Questionada sobre o pós-venda e a disponibilidade de peças de substituição, a TP-Link afirmou que vai aproveitar a estrutura de suporte que já possui com a assistência de roteadores, modens e outros equipamentos de rede, e que segue uma política de trocar (e não consertar) os produtos em caso de defeito.

Outro detalhe sobre os novos smartphones da TP-Link é que eles finalmente aparecerão em grandes lojas de varejo; os anteriores, Neffos C5 e Y5, ficaram restritos a lojas voltadas para públicos mais específicos, como a Kabum. A fabricante fechou um acordo com a distribuidora RCell, o que permitirá a venda dos aparelhos em todo o território nacional. Segundo a TP-Link, esse movimento acontece num momento em que o público brasileiro se mostra mais aberto a novas marcas de smartphones.

Neffos X1 e Neffos X1 Max estarão disponíveis a partir de maio, nas cores prata e dourado. O que você quer saber sobre eles?

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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