Xperia X: a nova linha de smartphones premium da Sony

Em vídeo: Xperia XA, Xperia X e Xperia X Performance apostam em bateria duradoura e construção caprichada

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 mês
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Direto de Barcelona — A Sony mostrou nesta segunda-feira (22) os primeiros smartphones da linha Xperia X, que conta com aparelhos de construção premium e apostam no fortalecimento da marca. Xperia XA, Xperia X e Xperia X Performance são aparelhos de categorias diferentes, mas compartilham alguns chamarizes, como a câmera forte em ambientes noturnos e bateria com autonomia de dois dias. Fui dar uma olhada neles.

As letras da Sony costumam ser claras quanto ao nível de produto: aparelhos de baixo custo são chamados de Xperia E, intermediários estão no Xperia M e flagships aparecem como Xperia Z. Mas a família X traz smartphones variados. O Xperia XA é uma espécie de intermediário “sofisticado”, com hardware nada impressionante (tela 720p de 5 polegadas, chip octa-core MediaTek e 2 GB de RAM), mas acabamento e câmeras acima da média. Do outro lado da tabela está o Xperia X Performance, que conta com o Snapdragon 820, presente nos recém-anunciados G5 e Galaxy S7.

Eis as minhas primeiras impressões em vídeo:

O Xperia XA chama a atenção pelo design praticamente sem bordas ao redor da tela de 5 polegadas. Ele encaixa bem na mão, o que pode ser explicado pela largura de apenas 66,8 mm (isso é menos que o iPhone 6s, que possui visor de apenas 4,7 polegadas). Tendência nos smartphones mais recentes, as bordas do vidro do display são levemente curvadas, o que torna a utilização do aparelho mais agradável, especialmente na hora de fazer gestos a partir das laterais.

Ele não tem hardware tão forte, com 2 GB de RAM e processador octa-core MediaTek MT6755; esse chip usa núcleos Cortex-A53, comuns em intermediários, como o Snapdragon 410 do Moto G de 3ª geração (no entanto, a frequência alta de 2,0 GHz do Xperia X deve gerar uma diferença relevante de performance). Mesmo assim, Joe Takata, gerente de produtos da Sony Mobile Brasil, me conta que ele deverá ser vendido como high-end, uma estratégia que a fabricante já adotou no Xperia M5, de R$ 2.599.

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Por sua vez, o Xperia X é quase um topo de linha, não fosse pelo processador. A Sony colocou o que tem de melhor em termos de componentes e otimizou bastante o software: mesmo com o aparelho bloqueado, é possível tirar uma foto de 23 MP em apenas 0,6 segundo depois de apertar o botão dedicado da câmera. E a câmera frontal aposta em números gigantes: com resolução de 13 MP (!), a Sony diz que o sensor consegue se dar bem em situações de baixa iluminação.

Visualmente, o Xperia X se parece mais com o Xperia Z5, contando inclusive com o botão liga/desliga com leitor de impressões digitais embutido. Ele traz o vidro levemente curvado do Xperia XA, mas deixa de lado o design sem bordas. O processador é um Snapdragon 650, chip “intermediário” (mas praticamente top) da Qualcomm, que rende bem com os novos núcleos Cortex-A72, acompanhado de 3 GB de RAM e bateria de 2.700 mAh, que dura até dois dias.

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Para saber o que é o Xperia X Performance, basta pegar o Xperia X e trocar o processador por um Snapdragon 820. Para mim, ele é um smartphone meio “estranho” dentro da linha da Sony; ninguém confirma se servirá como substituto do Xperia Z5, por exemplo, e Takata me diz que o aparelho poderá ficar restrito a determinados países, como o Japão. Faz sentido se você pensar que a única grande diferença em relação ao Xperia X, além do chip, é o modem LTE-Advanced, desnecessário no resto do mundo, onde as operadoras ainda sofrem para instalar o 4G normal.

Xperia XA, Xperia X e Xperia X Performance serão lançados mundialmente a partir do verão do hemisfério norte (ou seja, depois de junho). A Sony ainda não confirma quais aparelhos chegarão ao mercado brasileiro.

Paulo Higa viajou para Barcelona a convite da Intel.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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