Amazon anuncia novo Kindle Paperwhite

Design igual, mas tela melhor e novos truques de software.
Kindle MatchBook dá descontos em ebooks para quem comprou a versão física.

Paulo Higa
• Atualizado há 7 meses

Após revelar por acidente uma nova geração do Kindle Paperwhite na loja virtual, a Amazon anunciou oficialmente o novo e-reader. O design é praticamente idêntico ao primeiro Kindle Paperwhite, mas há melhorias na tela, especialmente na iluminação embutida, e no software, que ganhou algumas funcionalidades bacanas.

O design do novo Kindle Paperwhite seria igual ao anterior se não fosse uma pequena mudança na traseira: agora, em vez de mostrar a marca Kindle em baixo relevo, há a marca da Amazon. Por quê? Em entrevista ao AllThingsD, Peter Larsen, vice-presidente da Amazon para o Kindle, disse que o e-reader está se expandindo internacionalmente e o nome “Amazon” é mais conhecido que “Kindle” no exterior. Simples assim.

A tela continua com o mesmo tamanho de 6 polegadas e definição de 212 ppi, mas o novo painel e-ink possui maior contraste (o texto ficou mais escuro e o fundo ficou mais branco). Devido às características de uma tela e-ink, algumas “sujeiras” permanecem após trocar de página, e é por isso que o Kindle atualiza a tela totalmente a cada 6 trocas. Mas no novo modelo, esse valor dobrou para 12.

A iluminação ficou mais forte e uniforme. No modelo anterior, era possível enxergar claramente algumas “manchas” pretas na parte inferior da tela com a luz ligada, apesar de isso não atrapalhar a leitura – mas ainda há pequenas imperfeições, segundo o CNET. Além disso, a Amazon promete que melhorou a precisão do touchscreen.

kindle-paperwhite-novo

O processador, que era de 800 MHz, agora trabalha a 1 GHz. Isso fez com que as viradas de páginas ficassem mais rápidas, mas mantendo a autonomia de até dois meses de bateria com o Wi-Fi desligado. Um novo recurso, chamado Page Flip, vai permitir que você “folheie” o ebook rapidamente.

No software, o novo Kindle Paperwhite está melhor para encontrar definições para uma palavra (informações do dicionário, X-Ray e Wikipédia são exibidos em uma única tela, separada por abas), e o Vocabulary Builder registra as palavras que você procurou no dicionário para consulta posterior. As notas de rodapé agora podem ser exibidas com um único toque, sem necessidade de trocar a página.

Até o fim do ano, a Amazon adicionará a integração com o Goodreads, uma rede social de leitura que a empresa comprou no início do ano. Outro recurso que deve chegar no futuro é o FreeTime, que bloqueia a loja da Amazon para as crianças e permite criar listas de leitura.

A Amazon diz que trabalha para levar as novas funcionalidades de software para Kindles antigos, mas não há previsão para que isso aconteça.

O preço do novo Kindle Paperwhite com Wi-Fi, que será lançado em 30 de setembro nos EUA, continua o mesmo: US$ 119 na versão com anúncios (que não é vendida no Brasil) e US$ 139 na versão sem anúncios. O modelo com 3G gratuito será vendido por US$ 189 (com anúncios) e US$ 209 (sem anúncios) e entregue a partir de 5 de novembro. Eles continuam com o mesmo armazenamento interno de 2 GB, sem entrada para cartão de memória.

A Amazon também anunciou o Kindle MatchBook, um serviço que deve agradar pessoas que compravam livros físicos na loja do Bezos. Por US$ 2,99 ou menos (ou até de graça), é possível adquirir a versão digital caso você tenha comprado ou vá comprar a versão física. É quase um iTunes Match, só que de livros. O problema com esse serviço é que ele depende da adesão das editoras – no momento, cerca de 10 mil ebooks podem ser resgatados assim.

Leia | Como usar o Kindle [Guia Completo]

Relacionados

Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.