PUBG Mobile revela ter derrubado quase 60 milhões de contas devido a cheats

Somente em 2021, PUBG Mobile baniu mais de 59 milhões de trapaceiros; nas primeiras semanas de 2022, o game já aplicou 2,5 milhões de punições

Murilo Tunholi

PUBG Mobile registrou um novo marco na luta contra hackers ao banir quase 60 milhões de contas de jogadores trapaceiros, somente em 2021. A Tencent e a Krafton informaram que grande parte das punições foi realizada com ajuda de denúncias da própria comunidade do Battle Royale. Nas duas primeiras semanas de 2022, o game já aplicou mais de 2,5 milhões de banimentos.

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Para ser mais exato, PUBG Mobile aplicou 59.851.589 de punições ao longo de 2021. Somente no segundo semestre, foram 22 milhões de contas banidas — sendo 24% delas por modificação do modelo do personagem, 17% por hack de mira automática, 16% por hack de visão de raio-X, 14% por hack de velocidade, 13% por “outros motivos”, e 11% por modificação de dano de área.

Em comunicado enviado à imprensa, a Krafton e a Tencent agradeceram aos usuários que ajudaram a punir os trapaceiros, seja denunciando nas partidas ou participando da função de investigação do game. Para 2022, as empresas pretendem deixar as partidas limpas com medidas antitrapaça ainda mais restritas, como o recurso de proibição de dispositivos.

Com essa nova proteção, os jogadores banidos terão seus smartphones bloqueados para PUBG Mobile, impedindo o login e a criação de uma nova conta no aparelho. Segundo a produtora do game, a proibição de dispositivos será aplicada em casos nos quais “usuários trapaceiam deliberadamente e continuam a afetar adversamente o ambiente de jogo”.

PUBG Mobile vence criadores de hackers na Justiça

O sistema antitrapaça de PUBG Mobile — o Ban Pan — tem trabalhado bastante nos últimos meses. Além de remover os jogadores mal-intencionados do jogo, a Tencent e a Krafton chegaram a recorrer à Justiça para encerrar as atividades de um grupo conhecido por criar cheats para o Battle Royale e ainda ganharam US$ 10 milhões (por volta de R$ 56,8 milhões) no processo.

Além de pagar a indenização milionária, o grupo também deve encerrar qualquer atividade ilegal envolvendo trapaças em jogos. Os hackers ainda precisam fornecer detalhes sobre a operação, como a estratégia usada para explorar os arquivos de PUBG Mobile e todos os nomes de possíveis colaboradores.

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Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Ex-autor

Jornalista, atua como repórter de videogames e tecnologia desde 2018. Tem experiência em analisar jogos e hardware, assim como em cobrir eventos e torneios de esports. Passou pela Editora Globo (TechTudo), Mosaico (Buscapé/Zoom) e no Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. É apaixonado por gastronomia, informática, música e Pokémon. Já cursou Química, mas pendurou o jaleco para realizar o sonho de trabalhar com games.