“Podemos olhar seus arquivos se suspeitarmos de infração de direitos autorais” diz Rapidshare

Rafael Silva
• Atualizado há 3 meses

O Rapidshare se posicionou mais fortemente contra a pirataria e infração de direitos autorais em um manifesto sobre “práticas responsáveis” publicado ontem e direcionado a serviços de armazenamento de arquivos. Uma das declarações nesse guia é um tanto quanto controversa: ele sugere que os serviços do tipo devem atualizar sua política de privacidade para que seja possível inspecionar arquivos de usuários acusados de infração de direitos autorais.

O “guia de práticas responsáveis” continua dizendo que os detentores de direitos autorais devem ter o poder de desativar a conta de um usuário do serviço de armazenamo mesmo sem provas suficientes de que houve uma infração. Por incrível que pareça, essa atitude é até um pouco mais restritiva do que a lei americana de direitos autorais DMCA, que já prevê penalidades para quem é acusado de pirataria nos EUA. Mas para isso a lei demanda que a acusação seja sustentada por provas, o que não é o caso aqui.

Usado como refúgio para piratas digitais desde a queda do Megaupload, o Rapidshare tem tomado cada vez mais atitudes a favor da indústria de filmes e músicas, como forma de tentar se manter livre de processos. Essas atitudes, como limitar a velocidade de download de usuários não-pagantes, desagradam os seus membros que devem migrar para outros serviços.

O que o Rapidshare deu a entender com a publicação desse guia é que ele está sendo pressionado fortemente por estúdios de filmes e músicas. Não acho que eles vão conseguir muitos fãs dessa maneira, mas se isso for necessário para manter o caixa no verde, que assim seja. Quem quer compartilhar conteúdo pirata na rede vai sempre achar uma alternativa.

Leia aqui o texto do manifesto completo.

Com informações: TorrentFreak.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.