A Amazon já começou a testar entregas por meio de drones, permitindo que suas encomendas cheguem até você em questão de minutos. Mas isso não parece ser suficiente: a empresa também patenteou um centro de distribuição aéreo, que pode estocar produtos, lançar drones e tornar as entregas mais rápidas em mais lugares.

patente foi obtida pela Amazon em abril e descoberta nesta semana pela analista Zoe Leavitt. Ela descreve um “centro de distribuição transportado pelo ar utilizando veículos aéreos não tripulados para entrega de itens”. A ilustração mostra um dirigível que ficaria posicionado a uma altitude de até 45 mil pés (13,7 mil metros) e armazenaria parte do estoque da loja, além de servir como base para os drones de entrega.

A novidade permitiria que a Amazon estendesse a cobertura do serviço de entrega por drones. Como esses veículos aéreos têm autonomia limitada, o cliente precisa estar próximo a um centro de distribuição para que o serviço seja viável. A primeira entrega feita por Prime Air, com um Amazon Fire TV e um saco de pipoca, demorou apenas 13 minutos em Cambridge, no Reino Unido, mas só porque a empresa possui um armazém gigante na cidade.

O armazém aéreo da Amazon pode ser reabastecido com estoque e combustível pelos próprios drones ou outras aeronaves de pequeno porte. E como os drones sairiam para entregar um produto para o cliente já no ar (em vez de terem que levantar voo a partir de um centro de distribuição no solo), eles consumiriam menos energia e teriam um alcance maior.

Aliás, a Amazon já pensa em outras maneiras de aproveitar seu estoque no céu, como no caso de eventos esportivos. Sabendo que uma partida de futebol vai acontecer em determinado estádio, a Amazon pode enviar um estoque de alimentos, camisas e outros itens promocionais para aquele local. Os clientes, então, poderiam fazer compras e receber suas encomendas enquanto assistem ao jogo. Já pensou?

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Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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