Amazon AWS chega ao Brasil com datacenter em São Paulo
Presença de servidores na América do Sul reduz latência na transmissão de dados.
De fato, as empresas estrangeiras estão dando mais atenção para o Brasil. Na Nokia, o comando para a América Latina saiu de Miami para São Paulo. Na Microsoft, a fábrica de Manaus é a única fora da China a produzir o Xbox 360. Para completar, a gigante da internet Amazon disparou uma mensagem para seus clientes informando que o Amazon Web Services ganhou um datacenter em solo nacional.
O novo datacenter da companhia fica em São Paulo. Pelo que a Amazon divulgou, trata-se da primeira instalação do tipo na América do Sul. No novo datacenter clientes poderão rodar aplicações dos mais variados tipos, tirando proveito da computação na nuvem que a Amazon oferece faz algum tempo. Além da liderança no e-commerce de produtos físicos, a Amazon também tem produtos de TI muito bem cotados entre os entendidos. Não por acaso, a chegada do Amazon AWS foi comemorada pelos usuários brasileiros nas redes sociais.
E quem ganha com um datacenter local? Nós, principalmente, bem como os hermanos mais próximos. Ao posicionar uma rede de computação na nuvem no Brasil, a Amazon diminui a latência dos servidores. O caminho que uma simples requisição fazia pelos tubos da internet para chegar a um computador lá nos Estados Unidos e na Europa diminui, visto que não existe mais a necessidade de passar por cabos submarinos ou conexões tidas como globais.
Para os hermanos, a distância menor para se conectar a um datacenter da Amazon também deve ser comemorada. De modo geral, temos acesso mais imediato a imagens, vídeos, aplicações e tudo mais que os desenvolvedores imaginarem e colocarem no ar.
“A nova Região de São Paulo está disponível para vários serviços, incluindo: Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2), Amazon Simple Storage Service (Amazon S3), Amazon Elastic Block Store (Amazon EBS), Amazon SimpleDB, Amazon Relational Database Service (Amazon RDS), Amazon Simple Queue Service (Amazon SQS), Amazon Simple Notification Service (Amazon SNS), Amazon Virtual Private Cloud (Amazon VPC), Elastic Load Balancing, Amazon Elastic MapReduce, Auto Scaling, AWS CloudFormation e Amazon CloudWatch.”
Assinantes do Amazon AWS podem se informar sobre as ofertas em português nessa página. De pronto, devo destacar que a tecnologia da AWS prevê o pagamento exato dos recursos utilizados. O consumidor paga exatamente pelo número x de megabytes que a sua aplicação consumiu, por exemplo. Não é tão simples assim, mas desse jeito você tem noção de como a Amazon cobra pelos serviços. É diferente do que algumas empresas de hospedagem local que oferecem 100 MB para uso ao longo do mês. Na Amazon o cálculo é mais preciso.
Além da Amazon, outra gigante que mantém datacenter no Brasil é a Microsoft. Pelo que eu me lembro, ele atende os clientes que adotam a solução Office 365. Não tenho certeza se as aplicações do Windows Azure, a plataforma de cloud computing da MS, utilizava o mesmo datacenter ou se as aplicações rodam em outros países.
Fico feliz de saber que mais uma empresa inicia suas atividades por aqui. Competitividade costuma ser bom para o consumidor.
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