Apagão: Campus Party fica sem energia elétrica
O início da noite no Centro de Exposições Imigrantes reservou surpresas não tão boas para os participantes da Campus Party. Pela segunda vez nessa terça-feira (18 de janeiro), houve uma queda na energia elétrica que abastece os pavilhões do evento. Em meio a um temporal em São Paulo, foi-se a luz da CParty. Naturalmente que o caos se estabeleceu entre os campuseiros, que ficaram revoltados com mais uma incidência desse tipo.
Eram aproximadamente 17h56 quando as luzes da Campus Party se apagaram. Os gritos foram imediatos, por conta de mais um problema elétrico no evento. As pessoas começaram a se levantar, aguardando que os geradores da Campus Party fossem iniciados, o que não aconteceu.
O que se seguiu foi uma onda de protestos. Campuseiros, seres tecnológicos que são, sacaram seus notebooks e os utilizaram como forma de mandar mensagens à organização. Em tom de brincadeira e revolta ao mesmo tempo, as pessoas que estavam no Centro de Exposições Imigrantes fizeram a organização da Campus Party ouvir que a falta de um plano de contingência em caso de queda de energia era algo inaceitável.
(YouTube – Vídeo gravado com iPhone 4 durante o apagão da CParty )
Somente um ambiente do evento continuo iluminado: o centro de operações da Telefônica, a empresa que fornece a rede de 10 Giga presente na Campus Party. Sem qualquer informação de que a operadora não tem nada a ver com o fornecimento de energia, os campuseiros voltaram suas manifestações para a empresa. Não foram raros os gritos de apoio à GVT e ao NET Virtua. No entanto, é importante esclarecer que a Telefônica tinha seus geradores próprios, independentes daqueles que servem – ou deveriam servir – a infraestrutura do evento.
Inicialmente, os seguranças impediram que compuseiros deixassem o Centro de Exposições. A ordem era de não deixar ninguém entrar e ninguém sair, com exceção dos jornalistas e do pessoal da organização do evento. Depois de vários minutos, um novo procedimento instaurou-se, tendo em vista a fila de pessoas que desejavam sair da CParty. Foi necessário que os seguranças revistassem as mochilas dos campuseiros, bem como verificar manualmente se os números de RG presentes nas etiquetas atreladas aos equipamentos condiziam com a documentação que o campuseiro tinha em mãos.
Enquanto isso, a área de camping permaneceu numa relativa tranquilidade. Não havia o tradicional controle de acesso para quem entra e quem sai da área, que é restrita a quem pagou pelo serviço de acampamento. A iluminação natural desse setor da Campus Party permitia que as pessoas circulassem porque o telhado possui partes da cobertura que são translúcidas, permitindo aproveitar a luz do dia que ainda estava lá fora (com o horário de verão, o anoitecer paulistano acontece somente por volta das sete da noite).
Até mesmo as áreas VIPs e o centro de imprensa, que normalmente recebem atenção especial, ficaram às escuras durante toda a duração do apagão.
Depois de pouco mais de uma hora, a luz voltou à Campus Party por volta das 18h55. No momento em que a eletricidade foi restabelecidade no Centro Imigrantes, um dos responsáveis pela CParty dava entrevista a jornalistas. Mario Teza, que responde pela organização geral do evento, disse que não há motivo para crucificar a Telefônica. Ele reiterou que a empresa foi fundamental no contato com a Eletropaulo, para que a concessionária atendesse com prontidão as necessidades do evento.
E como fica com relação aos geradores? Essa cobrança dos campuseiros, de que o evento não teria um plano de contingência, foi respondida por Mario Teza. Ele disse que a demanda por energia elétrica foi maior do que a organização esperava, o que resultou nas constantes falhas. Ainda não se sabe o que ocasionou a pane no início da noite de hoje, mas a Campus Party está em contato com a Eletropaulo para saber o que aconteceu.
Essa é a segunda vez que a Campus Party fica sem luz nessa terça. Durante a madrugada, houve um primeiro apagão no Centro Imigrantes. De acordo com organização do evento, um incidente com um poste da Eletropaulo fez com que a transmissão de energia elétrica fosse interrompida.
Colaboraram: Juarez Maccarini, Leandro Alonso, Rafael Silva, Thiago Mobilon