Brasil não aceitará pressão dos EUA em leilão do 5G, diz Marcos Pontes
Segundo ministro, leilão do 5G definirá empresas participantes com base em critérios técnicos
Segundo ministro, leilão do 5G definirá empresas participantes com base em critérios técnicos
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou que o Brasil não permitirá pressão dos Estados Unidos por conta do leilão do 5G. Segundo ele, o critério técnico é que definirá as empresas participantes no processo.
Pontes se refere à Huawei, que convive desde maio de 2019 com as sanções comerciais impostas pelos EUA. O governo de Donald Trump acusa a companhia de contribuir com o governo chinês em ações de espionagem, algo que a empresa nega.
“Um bom parceiro sempre entende as necessidades do outro”, afirmou Pontes à Bloomberg. “Da mesma forma que o Brasil não fez reinvindicações sobre quais negócios os EUA fazem com a China e como isso afeta nosso ou não agronegócio”.
O ministro é o responsável por gerenciar o leilão que definirá as empresas que implementarão a rede 5G no Brasil. “Com critérios técnicos, é difícil ver como algumas dessas grandes empresas não terão capacidade de participar”, continuou.
O leilão do 5G deveria ocorrer em março deste ano, foi adiado para o segundo semestre e pode ficar até mesmo para 2021. Segundo a Anatel, um dos problemas está no fato da frequência de 3,5 GHz interferir no sinal da TV aberta transmitida por antenas parabólicas.