Chroma Squad te desafia a criar sua própria série de Power Rangers
O RPG tático Chroma Squad e o jogo de aventura musical The Artful Escape são os games indie recomendados desta semana
O RPG tático Chroma Squad e o jogo de aventura musical The Artful Escape são os games indie recomendados desta semana
Os jogos independentes são capazes de nos transportar para lugares que talvez sejam imagináveis para os games de grande orçamento. O RPG tático Chroma Squad, por exemplo, nos leva aos anos 90 com sua temática baseada em Power Rangers. Já The Artful Escape é uma verdadeira viagem psicodélica pelo mundo da música. Nas linhas a seguir, te apresento esses dois títulos e conto minhas experiências com eles.
Esta semana vou recomendar um jogo indie que me rendeu muitas horas de diversão e felicidade há alguns anos. Como fã de Power Rangers e outras séries japonesas de efeitos especiais — também conhecidas como tokusatsus —, logo fui fisgado quando vi Chroma Squad pela primeira vez.
Desenvolvido pelos brasileiros da Behold Studios e lançado em 2015, Chroma Squad é um RPG tático, bem no estilo Final Fantasy Tactics e Fire Emblem. Seu diferencial — e a melhor parte — é a temática inspirada em Power Rangers e outros tokusatsus famosos, como Kamen Rider e Metal Hero.
O enredo de Chroma Squad é recheado de referências e humor, principalmente se você joga com o idioma em português. Na história, você não controla os heróis “verdadeiros” de uma série de Power Rangers, mas sim os dublês que performam todas as cenas de ação perigosas. A missão é no game é criar e gerenciar o seu estúdio de TV, enquanto grava sua própria série de tokusatsu.
Assim como nas séries japonesas, o que não faltam são roupas coloridas, vilões fantasiados de monstros, coreografias espalhafatosas e robôs gigantes equipados com espadas e canhões feitos de papelão. Em resumo, tudo que um fã de tokusatsu assim como eu adora.
Na parte da gameplay, Chroma Squad mistura mecânica de RPG tático nas batalhas com alguns sistemas de simulador na parte de montar e administrar o estúdio. Cada um dos cinco personagens principais tem pontos fortes e fracos, podendo usar armas e habilidades únicas no combate.
Quanto mais o seu estúdio evolui, mais forte a sua equipe fica. Para isso, é preciso gravar episódios de qualidade, manter a audiência engajada, negociar com patrocinadores e investir em novos equipamentos. Depois de terminar a campanha, ainda é possível jogar novamente mais duas vezes, pois a história termina de três maneiras diferentes, dependendo das suas escolhas.
Em seguida, trago um jogo que chamou bastante minha atenção na última apresentação da Annapurna Interactive. Com campanha bem curta, mas envolvente, The Artful Escape coloca você na pele de Francis Vendetti, um jovem guitarrista que parte em uma jornada psicodélica para se tornar um astro do rock e manter vivo o legado de seu tio na música.
Bastante focado no enredo, The Artful Escape mostra todo o processo de criação da persona artística de Francis. Durante a aventura, o guitarrista viaja por diferentes dimensões, se apresentando e encontrando no caminho outras lendas do rock que o ajudam a entender sua própria identidade.
As mecânicas de gameplay são simples, já que a ideia é não fazer você ficar parado quebrando a cabeça e o ritmo da campanha. Na maior parte do tempo, Francis vai passar por fases horizontais com muitas plataformas enquanto toca sua guitarra, trazendo a alegria de volta aos mundo em que ele passar.
Já nas lutas contra “chefes” — que na verdade são duetos contra outros músicos —, o jogo usa uma mecânica na qual é preciso apertar os botões do controle na ordem apresentada na tela. Mesmo assim, os combates não são feitos para serem muito complicados. The Artful Escape é rico pelo seu enredo, e o jogo faz isso de forma excelente.
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