Facebook quer ajudar usuários a salvar amigos de movimentos extremistas
Teste faz parte das ações do Facebook contra grupos extremistas na rede social, especialmente após o caso de Christchurch
Teste faz parte das ações do Facebook contra grupos extremistas na rede social, especialmente após o caso de Christchurch
O Facebook começou a testar um recurso para que usuários da rede social de Mark Zuckerberg alertem a empresa sobre movimentos extremistas. Algumas pessoas receberam a novidade em forma de pedido para apontar contatos em atitude suspeita neste sentido, já outras foram avisadas sobre algum acesso recente a este tipo de conteúdo e em ambos os casos um link é oferecido com informações para combater a violência propagada.
“Este teste é parte do nosso trabalho mais amplo para fornecer recursos e suportes para pessoas no Facebook que podem ter se envolvido, ou foram expostas a conteúdo extremista, ou podem conhecer alguém em risco”, diz Andy Stone, representante do Facebook, ao canal americano CNN.
Um dos alertas encontrados por algumas pessoas diz: “Você está preocupado que alguém que você conhece está se tornando um extremista?”. O pop-up apresenta um link, direcionando o usuário para uma página de suporte, com frases como “grupos violentos tentam manipular sua raiva e decepção, você pode agir agora para proteger a si mesmo e aos outros”.
Além de informações em texto, Stone aponta que algumas pessoas podem ser direcionadas para apoio com organizações não governamentais, como o Life After Hate. Este é um grupo focado no trabalho de tirar as pessoas de movimentos mais violentos da extrema direita.
Este teste do Facebook não remove a obrigação da rede social para apagar o conteúdo extremista veiculado em páginas e grupos, atitude em curso nos últimos anos. A própria rede social já reconheceu ter dificuldades para fazer seu algoritmo não oferecer novos conteúdos de ódio para pessoas já inclinadas para este tipo de vídeo, texto, foto ou link.
Stone também comenta que este teste faz parte dos esforços do Facebook para combater conteúdo extremista após o massacre de Christchurch, transmitido ao vivo pelo usuário responsável pelo atentado.
Os lembretes aparentemente não contam com uma ordem específica de atitudes de cada pessoa para serem mostrados, mas Stone afirma que a empresa está focando em usuários já apontados e até punidos pelo próprio Facebook por veicular informações extremistas em suas contas.
Por enquanto o teste é realizado apenas com pessoas nos Estados Unidos.