Google Chrome vai bloquear anúncios abusivos no mundo todo em julho

Google Chrome reforça combate a propagandas abusivas, incluindo pop-ups, vídeos com autoplay e banners grandes

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Imagem por geralt/pixabay

O Google Chrome vai reforçar o combate a anúncios abusivos: eles serão bloqueados em todo o mundo a partir de 9 de julho. Isso inclui pop-ups que cobrem a página, vídeos que tocam automaticamente com som, e banners grandes que não podem ser fechados. Em dezembro, o navegador ativou o ad blocker para usuários na América do Norte e na Europa.

“A partir de 9 de julho de 2019, o Chrome vai expandir suas proteções ao usuário interrompendo a exibição de todos os anúncios em sites de qualquer país que exibam repetidamente esses anúncios disruptivos”, explica o Google.

O ad blocker nativo do Chrome vem sendo testado desde 2017, dando tempo suficiente para os sites se adequarem às novas regras. Além disso, o Google explica que “nosso objetivo final não é filtrar anúncios, e sim construir uma web melhor para todos, em qualquer lugar”. O bloqueio já está ativo nos EUA, Canadá e Europa; menos de 1% dos sites foram afetados.

Existem 12 tipos de anúncios abusivos

O que é um anúncio abusivo? São 12 experiências de publicidade na web que foram consideradas intrusivas com base no feedback de 66 mil consumidores em todo o mundo. A definição foi criada pelo grupo Coalition for Better Ads, do qual fazem parte dezenas de empresas como Facebook, Microsoft, Outbrain, Taboola e o próprio Google.

No desktop, há 4 tipos de propagandas abusivas:

  • anúncios em pop-up;
  • anúncios que cobrem o conteúdo ao abrir a página e têm contagem regressiva;
  • anúncios em vídeo com autoplay e som ativado;
  • banners grandes e fixos.

Enquanto isso, em dispositivos móveis (celulares e tablets), são 8 tipos de propagandas abusivas:

  • anúncios em pop-up;
  • anúncios que cobrem o conteúdo ao abrir a página (com ou sem contagem regressiva);
  • anúncios que cobrem o conteúdo ao rolar a página e têm contagem regressiva;
  • anúncios de tela cheia que aparecem durante a rolagem;
  • anúncios em vídeo com autoplay e som ativado;
  • anúncios com densidade maior que 30%;
  • anúncios animados que piscam;
  • anúncios grandes e fixos.

O Chrome bloqueia anúncios de sites que violam repetidamente os padrões acima. Segundo o Google, dois terços de todos os publishers (donos de sites) que faziam isso na América do Norte e na Europa já estavam regularizados em 1º de janeiro.

Google pressiona donos de sites a melhorar anúncios

Donos de sites podem usar uma ferramenta chamada Relatório da Experiência com Anúncios para conferir se as propagandas violam as regras da Coalition for Better Ads. É possível descobrir seu status atual (aprovado ou reprovado), resolver problemas pendentes ou contestar a análise. O Google também diz que deixou de vender esses tipos de anúncios abusivos em suas plataformas de publicidade.

O ad blocker no Chrome “inspirou muitos proprietários de sites a melhorar a experiência de publicidade”, diz o Google. Claro, a pressão sobre eles é enorme: o navegador corresponde a 71% dos acessos via desktop e 55% de celulares e tablets, segundo o StatCounter. Seria difícil ignorar a nova regra, especialmente porque a maioria dos sites depende de anúncios para continuar existindo.

Com informações: Google.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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