Huawei Mate 20 Pro supera câmera do iPhone XS Max e Galaxy Note 9 em ranking do DxOMark

Huawei Mate 20 Pro recebe nota 109 do DxOMark, superando iPhone XS Max e Xiaomi Mi Mix 3 em testes de foto e vídeo

Felipe Ventura
• Atualizado há 3 anos
Huawei Mate 20 Pro

Dois celulares da Huawei agora estão no topo do ranking do DxOMark. O Huawei Mate 20 Pro recebeu nota 109, empatando com o P20 Pro — ambos têm câmera tripla. Eles ficam à frente do Apple iPhone XS Max, Samsung Galaxy Note 9 e Xiaomi Mi Mix 3 nos testes de foto e de vídeo.

O Huawei Mate 20 Pro se destaca pela câmera tripla na traseira: ele possui um sensor principal de 40 megapixels, um sensor de 8 MP com lente telefoto para zoom óptico de 3x, e um sensor de 20 MP com lente grande-angular. Rumores dizem que a Apple vai adotar um design semelhante no iPhone XI.

Além disso, temos a câmera frontal de 20 megapixels com sensor de reconhecimento facial, que usa projeção de pontos em 3D tal como o Face ID. Trata-se de um aparelho top de linha: encontramos aqui um processador Kirin 980, 6 GB de RAM e bateria de 4.200 mAh.

A câmera tripla do Mate 20 Pro recebe uma série de elogios do DxOMark. Ela captura imagens com boa exposição e uma ampla faixa dinâmica, mesmo em situações de alto contraste; os níveis de ruído são relativamente baixos mesmo com pouca iluminação; a reprodução de cores é fiel ao mundo real; o foco automático é rápido; e os recursos de zoom funcionam bem.

Há alguns pontos fracos, no entanto. As fotos com efeito bokeh para borrar o plano de fundo acabam “alisando” demais o rosto, com baixos níveis de detalhe. O foco automático pode ser um pouco inconsistente em situações que exigem flash: a câmera foca no plano de fundo, em vez da pessoa à frente. E a estabilização de vídeo poderia funcionar melhor enquanto o usuário caminha fazendo uma gravação.

Huawei Mate 20 Pro é “impressionante” para fotos

A nota do DxOMark é composta pelas pontuações de foto e vídeo. Existem nove quesitos para avaliar fotos: exposição, cor, textura, ruído, autofoco, artefatos, flash, zoom e bokeh.

O Mate 20 Pro obteve 114 pontos no teste de fotografia, assim como o Huawei P20 Pro. Ambos estão à frente do iPhone XS Max (110), Xiaomi Mi Mix 3 (108), Galaxy Note 9 (107) e Pixel 3 (103).

A câmera do Mate 20 Pro “tem um desempenho impressionante” em condições de pouca luz, capaz de produzir boas exposições em até 1 lux. O processamento de imagens do Mate 20 Pro encontra um bom meio-termo entre preservar detalhes e reduzir ruído.

O autofoco é “rápido, preciso e consistente” em todos os níveis de luz, mas não é infalível: em algumas cenas internas e com pouca luz, o AF se concentrou na paisagem em vez do objeto em primeiro plano.

Há também alguns artefatos, como um efeito serrilhado (aliasing) em linhas diagonais e ringing nas arestas dos objetos. No entanto, “você tem que olhar bem de perto para detectar qualquer uma dessas imperfeições”.

Huawei Mate 20 Pro fica atrás do P20 Pro e Pixel 3 em vídeo

Por sua vez, a nota de vídeo foi 97, superior ao iPhone XS Max (96), Galaxy Note 9 (94), Xiaomi Mi Mix 3 (93). O Mate 20 Pro só fica atrás do Huawei P20 Pro e Pixel 3 (ambos com 98).

“Seus únicos pontos fracos reais são a estabilização que gera um desvio perceptível, além do ruído com pouca luz”, diz o DxOMark. Os critérios para vídeo são: exposição, cor, autofoco, textura, ruído, artefatos e estabilização.

O review do DxOMark tem algumas limitações. Por exemplo, eles nunca testam a câmera grande-angular, então esse aspecto do Mate 20 Pro não foi avaliado nem afeta a pontuação. Ainda assim, o ranking dá uma ideia de quais são as melhores câmeras de smartphone no mercado — e a Huawei está saindo na frente.

Confira o teste completo do Huawei Mate 20 Pro no DxoMark.

Leia | PDAF, laser e mais: como funciona o foco automático na câmera do celular?

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.