Projeto de smartphone sem entradas da Meizu fracassou
O CEO da empresa, Jack Wong, disse que o financiamento coletivo aconteceu por "bagunça" do time de marketing
O CEO da empresa, Jack Wong, disse que o financiamento coletivo aconteceu por "bagunça" do time de marketing
O projeto da Meizu de smartphone sem qualquer entrada ou conexão física para cabos morreu, o tal de Meizu Zero. Levantado em financiamento coletivo no site Indiegogo, o aparelho conseguiu arrecadar 45% do objetivo e o CEO da empresa afirmou que nunca pensou em lançar o aparelho para o consumidor final.
O Zero seria o primeiro smartphone que conseguiria viver de verdade sem qualquer conexão por cabos. Isso significa que ele não teria qualquer entrada na carcaça, deixando o carregamento da bateria para bases wireless, fones de ouvido para a conexão Bluetooth e o SIM card no formato eSIM, ou um SIM interno de outro padrão, que é digital e dispensa a presença do chip da operadora.
No financiamento coletivo a empresa chinesa pediu US$ 1,3 mil (aproximadamente R$ 5 mil) pelo modelo e a bagatela de US$ 3 mil (que bate em R$ 11,6 mil) para ter uma unidade pioneira e única, que é o mesmo smartphone, só que mais caro. O curioso é que o CEO da empresa, Jack Wong, comentou que o financiamento coletivo foi um projeto do time de marketing que estava bagunçando tudo.
“O smartphone sem entradas é apenas um projeto em desenvolvimento do departamento de pesquisa e desenvolvimento, nós nunca tivemos a intenção de produzir o projeto em massa”, comenta Wong.
O aparelho da Meizu teria um processador Snapdragon 845, tela OLED de 5,99 polegadas e que comporta um leitor de impressões digitais, câmera frontal de 20 megapixels e não conta com nenhum botão físico, mas as laterais apresentam áreas que são sensíveis ao toque com mais pressão – o que, de fato, é um botão escondido. O áudio também não sairia de alguma grelha, mas sim da tela.
Cobrar US$ 1,3 mil por um Snapdragon 845, que já está obsoleto em 2019, é loucura – mesmo para um projeto que quer fazer algo que certamente a indústria fará com o tempo: remover todas as entradas.
Com informações: Engadget.