OLX Brasil compra ZAP Imóveis e Viva Real por R$ 2,9 bilhões
Compra do Grupo ZAP pela OLX Brasil ainda precisa passar por aprovação do Cade
Compra do Grupo ZAP pela OLX Brasil ainda precisa passar por aprovação do Cade
Você já se perguntou alguma vez quão valiosos são os principais sites de anúncios de imóveis? Agora é possível ter uma ideia: na tarde de terça-feira (3), a OLX Brasil anunciou a aquisição de 100% das ações do Grupo ZAP, responsável pelo ZAP Imóveis e o Viva Real. O negócio foi avaliado em R$ 2,9 bilhões.
Criado em 2000, o marketplace ZAP Imóveis é um dos negócios online mais tradicionais do Brasil. Em novembro de 2017, a empresa anunciou uma fusão com a plataforma de imobiliárias e incorporadas Viva Real, lançada em 2009. Por conta do negócio, o conglomerado adotou o nome Grupo ZAP.
Ao longo de 2019, os sites do Grupo ZAP tiveram por volta de 340 milhões de visitas e registram, atualmente, cerca de 12 milhões de anúncios para venda ou aluguel de imóveis.
É o crescimento do setor de publicidade online no Brasil que levou a OLX a comprar o conglomerado. A própria companhia destacou, com base em um levantamento da IAB Brasil, que o país movimentou R$ 16,1 bilhões em anúncios digitais só em 2018, com o mercado de classificados online (categoria do Grupo ZAP) respondendo por aproximadamente 10% desse volume.
Juntando esse fator ao atual cenário de queda na taxa de juros que, como tal, estimula a procura por imóveis ao possibilitar financiamentos mais baratos, a OLX Brasil concluiu que este é um bom momento para o negócio.
“Essa transação irá alavancar a capacidade de inovação da OLX Brasil e o desenvolvimento de uma experiência superior para os consumidores”, explica Andries Oudshoorn, CEO da OLX Brasil.
O negócio ainda precisa passar por aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa é a de que, não havendo objeções, a transação seja concluída até o segundo semestre deste ano.
A OLX Brasil existe desde 2010 e é controlada por dois grupos de investidores: a Prosus, um dos braços da Naspers (que foi dona do Buscapé por alguns anos), e a Adevinta. Em 2019, a companhia registrou faturamento de cerca de R$ 400 milhões.