Premiere Pro, Photoshop e outras ferramentas da Adobe terão IA generativa

Firefly vai permitir que ferramentas da Adobe como Premiere Pro e Photoshop gerem efeitos visuais e sonoros a partir de textos digitados

Emerson Alecrim
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Mudando o "clima" de uma imagem via Firefly (imagem: divulgação/Adobe)
Mudando o "clima" de uma imagem via Firefly (imagem: divulgação/Adobe)

A Adobe iniciou a semana confirmando que suas ferramentas de edição de imagem e vídeo serão integradas ao Firefly. Isso significa que softwares como Premiere Pro e Photoshop serão capazes de criar efeitos ou determinados tipos de conteúdo com base em uma inteligência artificial generativa.

Ferramentas como Dall-E, Stable Diffusion e Midjourney geram imagens a partir de prompts, ou seja, de instruções digitadas. Mas o objetivo do Adobe Firefly não é fazer todo o trabalho para o usuário. A proposta é a de facilitar ou agilizar tarefas.

Um vídeo divulgado no blog da Adobe mostra, como exemplo, o Firefly gerando trilhas sonoras, ajustes de iluminação, legendas e efeitos visuais a partir de instruções digitadas pelo usuário.

Presumivelmente, caberá ao usuário fazer os ajustes finais. De todo modo, o Firefly deverá diminuir o tempo gasto na realização de tarefas ou ajudar os usuários que têm pouco domínio das ferramentas de edição.

Adobe Firefly: um copiloto criativo

O Adobe Firefly foi apresentado em março como uma inteligência artificial generativa independente. Mas a intenção da Adobe é fazer da ferramenta um “copiloto criativo” de ferramentas como Photoshop (edição de imagem), Illustrator (ilustração) e Premiere Pro (edição de vídeo).

A fase inicial está focada em tarefas como:

  • Música e efeitos sonoros: permite a geração de efeitos de áudio e trilhas sonoras personalizadas sem que o usuário tenha que se preocupar com royalties;
  • Ajustes de cores e iluminação: o usuário só precisa digitar uma instrução para alterar o esquema de cores ou ajustar a luz de uma imagem. Por exemplo, é possível pedir para uma cena de céu ensolarado ser transformada em céu nublado;
  • Efeitos em texto: legendas, logotipos e títulos podem receber efeitos gráficos e até animações contextualizadas;
  • Fluxos de produção de vídeo: o Firefly pode ser usado para otimizar os fluxos de produção (incluindo pré e pós) de modo a criar storyboards, pré-visualizações automáticas e recomendações de b-roll (clipes alternativos).

Mais recursos serão apresentados em etapas posteriores.

Quando e como?

No momento, o Adobe Firefly funciona de modo isolado e está em fase beta. Os interessados podem se cadastrar no site oficial para testá-lo. A integração com Photoshop, Illustrator, Premiere Pro e outras ferramentas da Adobe acontecerá nos próximos meses, progressivamente.

O Premiere Pro será uma das ferramentas mais beneficiadas pela inteligência artificial. Editar vídeos é um trabalho minucioso, portanto, os esforços para tornar esse tipo de atividade mais fácil ou ágil tendem a ser bem-vindos.

Nesse sentido, a ferramenta receberá, a partir de maio, um recurso de edição de vídeo baseada em texto. Com ele, falas existentes em clipes poderão ser transcritas automaticamente para facilitar o fluxo de produção.

Mas a edição baseada em texto terá como base a tecnologia Adobe Sensei, que também usa inteligência artificial para otimizar tarefas. Os primeiros recursos baseados no Adobe Firefly devem ser liberados até o fim de 2023.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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