Que rápido. Em maio, a PUBG Corp decidiu processar a filial coreana da Epic Games, desenvolvedora de Fortnite, por violação de direitos autorais. Então, semanas depois, a empresa por trás de PlayerUnknown’s Battlegrounds desistiu da ação judicial.
A PUBG Corp confirmou à Bloomberg que o processo foi encerrado, mas não explicou o motivo nem revelou se houve um acordo extrajudicial.
Como nota o The Verge, a ação judicial talvez fosse difícil de provar e vencer, porque Fortnite usou as ideias de PUBG, não necessariamente o conteúdo do jogo — eles têm visuais bem distintos.
Vale lembrar que a chinesa Tencent, um dos maiores conglomerados do mundo, tem participação na PUBG Corp e também na Epic Games. Ela é acionista minoritária — ou seja, não é efetivamente a dona — mas pode ter influência o bastante para resolver disputas entre as duas.
E, para complicar mais a situação, PUBG é desenvolvido na Unreal Engine, assim como diversos outros jogos. Essa tecnologia foi criada e licenciada pela Epic Games.
PlayerUnknown’s Battlegrounds ajudou a popularizar jogos do gênero “battle royale”, em que 100 jogadores disputam espaço numa ilha até sobrar apenas um vencedor. Ele tem mais de 400 milhões de jogadores registrados, e vendeu mais de 50 milhões de unidades no PC e Xbox. A versão para iOS e Android é gratuita.
Enquanto isso, Fortnite é gratuito em todas as plataformas, e incorpora o battle royale com alguns elementos adicionais: é possível construir torres, rampas e fortes para ajudar nas partidas. Ele faturou US$ 318 milhões com a venda de itens opcionais, como passes de temporada.
PUBG está perdendo popularidade, seja no número jogadores simultâneos ou em transmissões ao vivo no Twitch. O jogo está tentando reconquistar espaço com uma promoção no Steam, um novo mapa (Sanhok) e um serviço de assinatura chamado Event Pass.
A PUBG Corp ainda está processando a Netease Games por violação de direitos autorais em dois jogos para celular, Rules of Survival e Knives Out, que adotam o conceito de battle royale.