Como funciona o Rocket.Chat [alternativa de código aberto ao Slack]

O Rocket.Chat é uma plataforma de comunicação de equipe de código aberto ilimitada — e uma alternativa ao Slack

Melissa Cruz Cossetti
• Atualizado há 1 ano e 7 meses

O Rocket.Chat é uma plataforma de comunicação de equipe de código aberto — uma alternativa ao Slack, que limita a quantidade de mensagens e arquivos no plano gratuito. O Rocket.Chat também tem uma versão paga, com limites mais largos, porém.

Pouca gente sabe, mas o Rocket.Chat é brasileiro. Foi criado em 2015 por Gabriel Engel,  como uma ferramenta de suporte de bate-papo ao vivo criada no Meteor. De lá para cá, o software recebeu financiamento da New Enterprise Associates (nos EUA) em 2016, no valor de US$ 5.000.000, ganhou prêmios como Bossie Award 2016 como Melhor Aplicativo de Código Aberto e também All Things Open Startup Competition, de 2017.

rocket.chat.1

Atualmente, o Rocket.Chat é o Rocket.Chat — que vem tirando alguns clientes do Slack — oferecendo uma ferramenta de bate-papo personalizável para trabalho em equipe.

A visão de longo prazo é, assim como a de Slack e Microsoft Teams, substituir o e-mail por uma plataforma de comunicação em tempo real, chancelada pelo contratante.

O que o Rocket.Chat tem diferente?

Entre os diferenciais, está o fato de que os seus usuários podem configurar o sistema na nuvem ou hospedar nos seus próprios servidores. Falando em código, o Rocket.Chat está disponível no Github, totalmente customizável, graças ao open source. 

Dos recursos oferecidos, sem limites, estão conferência de áudio e vídeo, acesso de usuário convidado, compartilhamento de tela e arquivos, LiveChat, LDAP Group Sync, autenticação de dois fatores (2FA), criptografia E2E, SSO, dezenas de provedores OAuth e usuários ilimitados e convidados em canais, mensagens, pesquisas e arquivos. 

No software, também é possível adicionar ou remover recursos de usuários (níveis de participação) e selecionar as próprias integrações, plugins, temas e apps integrados.

Quando o Rocket.Chat começa a cobrar?

Quem visita a página do Rocket.Chat, lá no topo, vê o link “pricing”. De fato, há versões pagas com benefícios bem claros. O plano Community é Free (gratuito), o Pro custa US$ 3 por usuário (mês) ou US$ 30 (por ano). A Enterprise vai além, cobrando em Tiered (precificação em camadas) e com desconto por volume, ideal para os gigantes.

Infraestrutura paga

Logo de cara, fica destacado que a versão Community é livre para as pessoas baixarem e instalarem nos seus próprios servidores. Enquanto a Pro e Enterprise são mantidas pelo Rocket.Chat. O mensageiro também oferece High Scalability Cluster, um conjunto de servidores que rodam a aplicação de forma distribuída, para garantir performance.

A quantidade de usuários recomendada na versão gratuita é de até 1 (um) mil. Para as versões pagas, é ilimitada. O servidores de conferências para as chamadas de áudio e vídeo, para quem não paga, é compartilhado. Os pagantes contam com um dedicado.

Usuários Pro e Enterprise também tem direito ao uso do Message Auditing Panel, um painel de gestão para quem administra a conta. O sistema também limita notificações push da versão Free e da versão Pro para 1.000 mensalmente, ilimitados no Enterprise.

Entre outros recursos que só estão disponíveis na Enterprise, está a conversão de mensagens de áudio para texto e um painel de engajamento. Os relatórios de dados na versão Free não existem, enquanto na Pro e Enterprise chegam de hora em hora.

O suporte também não dá as caras grátis, enquanto que escala o recebimento de demandas a 24/7 para quem paga. Assistência de migração e integração com a Atlassian (Jira, Bitbucket, Confluence e Trello), via Integration Apps Bundle, só VIPs.

Em resumo, o Rocket.Chat se mostra como uma ótima alternativa para quem não tem problemas em gastar algum tempo customizando a plataforma ou precisa de limites mais frouxos quanto ao volume total de usuários e mensagens e arquivos ilimitados.

Vale um teste.

Relacionados

Escrito por

Melissa Cruz Cossetti

Melissa Cruz Cossetti

Ex-editora

Melissa Cruz Cossetti é jornalista formada pela UERJ, professora de marketing digital e especialista em SEO. Em 2016 recebeu o prêmio de Segurança da Informação da ESET, em 2017 foi vencedora do prêmio Comunique-se de Tecnologia. No Tecnoblog, foi editora do TB Responde entre 2018 e 2021, orientando a produção de conteúdo e coordenando a equipe de analistas, autores e colaboradores.