Amazon libera detalhes do Kindle Fire: nada de serviços do Google

Rafael Silva
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• Atualizado há 2 semanas

Ao anunciar o seu misto de tablet com e-reader Kindle Fire na semana passada a Amazon omitiu importantes detalhes das suas especificações técnicas, o que deixou alguns geeks decepcionados. A empresa, no entanto, adicionou detalhes desse novo gadget na página para desenvolvedores, e nele acabou revelando boa parte do que não foi falado durante a coletiva.

Por rodar uma versão completamente modificada do Android, a Amazon preferiu não falar em versões na coletiva. Mas o site mostra que desenvolvedores devem criar aplicativos para a versão 2.3.4 do sistema, indicando também que devem usar o nível 10 de acesso à API. Mas isso não quer dizer que o tablet vem com essa versão do Android: logo abaixo dessa instrução de desenvolvimento, há um aviso dizendo que aplicativos otimizados para o Android 3.0 também funcionam no tablet. Confusão? Que nada.

Além disso, a Amazon também impôs certas restrições para que um aplicativo possa ser vendido na loja. Os aplicativos não podem requisitar acesso a um giroscópio, câmera, módulo WAN, Bluetooth, microfone, GPS ou slot microSD, e por motivos óbvios – esses componentes não estão presentes. Mas a empresa proíbe também programas que usem quaisquer dos serviços do Google, o que inclui o Gmail, Google Talk, Android Market e compras dentro de aplicativos. Se você precisava de alguma confirmação de que a Amazon vai tentar controlar com mão de ferro esse tablet, ei-la.

E você achou que as operadoras eram restritivas demais…

Com informações: Engadget.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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