Google atualiza termos e proíbe anúncios intrusivos na Play Store

Desenvolvedores de aplicativos para Android terão 30 dias para corrigir falhas.

Paulo Higa
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• Atualizado há 6 meses

Assim como os sites precisam seguir certas normas para exibir anúncios do Google AdSense, os desenvolvedores de aplicativos para Android também deverão obedecer a uma série de determinações do novo termo de uso da Play Store. Um email enviado na última terça-feira (31) destaca algumas das novas proibições, entre elas a utilização de anúncios intrusivos e nomes similares aos aplicativos nativos do sistema.

Chega de aplicativos que fazem spam na sua central de notificações!

Os anúncios serão considerados parte da experiência de uso do aplicativo, logo, não será permitida a exibição de propagandas inconsistentes com a faixa etária do aplicativo, muito menos banners que incitem atividades ilegais e violência ou contenham conteúdo sexual explícito. Além disso, será proibido utilizar as notificações do sistema para mostrar anúncios ou obrigar o usuário a enviar informações pessoais para obter uma experiência completa.

Assim como na política adotada pela Apple, todas as transações feitas nos aplicativos devem ser realizadas pelo sistema de pagamentos do próprio Google, exceto para compra de produtos físicos (como ingressos de filmes ou revistas em papel) ou conteúdos digitais que possam ser utilizados fora do aplicativo (como músicas e filmes).

Não pode, viu?

Para diminuir a quantidade de cópias na loja, os aplicativos não devem utilizar nomes ou ícones que possam confundir o usuário, imitando programas fornecidos pelo sistema ou existentes na Play Store. Assim, os aplicativos “Camera” e “Messenger” do Facebook para Android não poderiam mais ter esse nome.

Por fim, a política anti-spam diz que os desenvolvedores não podem utilizar palavras-chaves indiscriminadamente com o objetivo de manipular o ranking dos resultados de busca da Play Store; oferecer incentivos para que os usuários avaliem o aplicativo; enviar tráfego para sites de afiliados que não sejam de propriedade do desenvolvedor e mandar SMS ou email sem o consentimento do usuário.

Com as modificações nas políticas de uso, o Android poderá fornecer uma experiência de uso muito melhor – não é nada legal ver anúncios sendo exibidos como notificações e instalar um aplicativo pensando ser outro. Ainda não sabemos como o Google acompanhará as centenas de milhares de aplicativos, mas esperamos que a coisa dê certo. Se um desenvolvedor infringir uma das regras, ele terá 30 dias para corrigir o problema; caso contrário, terá seu aplicativo removido da Play Store.

Com informações: TechCrunch, Android Police.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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