FBI acusa oficialmente Coreia do Norte sobre invasão da Sony

Júlio Câmara
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Respondendo à curiosidade que se instalou desde que os cyberataques sofridos pela Sony resultaram no cancelamento do filme A Entrevista, o FBI comunicou que já tem provas suficientes para colocar a responsabilidade no governo norte-coreano.

As suspeitas de que o grupo Guardiões da Paz seria associado ao governo da Coreia do Norte surgiram logo no começo dos ataques, já que os hackers exigiam o cancelamento da comédia que satiriza o ditador Kim Jong-un. Apesar dessa e de outras evidências descobertas por especialistas em segurança, ninguém havia dito que possuía provas concretas.

Na nota publicada, o FBI diz que as investigações estão andando muito bem graças à cooperação com a Sony e outras agências e departamentos do governo. Protegendo-se na necessidade de preservar fontes e métodos, o FBI explica superficialmente como chegaram a essa conclusão.

A análise técnica indicou semelhanças significativas com outros ataques virtuais associados à Coreia do Norte. Em especial, o FBI cita um ataque realizado em março de 2013 contra bancos e meios de comunicação da Coreia do Sul. As semelhanças estão, por exemplo, em linhas específicas de códigos, criptografia e métodos de eliminação de dados.

O órgão de segurança expressou profunda preocupação com a natureza destrutiva deste ataque e declarou que isso reafirma que as ameaças cibernéticas representam um dos mais graves perigos de segurança nacional para os Estados Unidos.

Agora, o FBI garante que segue seu trabalho para identificar, perseguir e impor custos e consequências sobre os indivíduos, grupos ou países que ameaçaram os interesses dos Estados Unidos.

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