Documentos, fotos, músicas… Tudo na nuvem. A apresentação do iCloud nessa semana colocou a Apple numa situação privilegiada entre as empresas que oferecem serviços baseados na nuvem. Nada privilegiada é a situação de Greg Hughes, um estudante terceiranista de Ciência da Computação no Reino Unido. Ele acusa a Apple de ter roubado a ideia de fazer a sincronização via Wi-Fi.
Hughes conta que criou o app Wi-Fi Sync há mais de um ano, justamente com o objetivo de sincronizar os arquivos do dispositivo rodando iOS com o iTunes por meio da rede sem fio mais próxima. Depois de enviar o app para os avaliadores da App Store, a surpresa: o aplicativo usava APIs e recursos de desenvolvimento proibidos. Alegando “preocupações com a segurança”, a empresa da maçã se recusou a publicar o software, nos informa o Telegraph.
Um ano depois, Steve Jobs apresenta o iOS 5 com o recurso de sincronização de dados por Wi-Fi, exatamente como o aplicativo de Hughes. O rapaz está inconsolável com essa história e promete ir à justiça questionar a Apple nessa questão. Afinal, incorporar no seu sistema recursos de um app recusado é plágio (ou algo do tipo)?
O Wi-Fi Sync está à venda na Cydia, a loja oficial dos iPhones, iPods Touch e iPads que passaram por jailbreak. Custa 10 dólares por lá. A atualização do iOS com a sincronização via Wi-Fi será de graça para todos os aparelhos compatíveis.
Um representante da Apple entrou em contato com Hughes para avisar que o app não seria aprovado. O estudante conta ter ficado sabendo que a equipe de desenvolvimento da maçã ficou “impressionada” com o que ele havia feito em seu primeiro aplicativo para iPhone. Pediram, inclusive, que ele enviasse seu currículo depois de concluir a graduação. No entanto, depois dos fatos recentes, algo me diz que o convite não está mais de pé.
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