Japoneses inventam videoconferência com visor translúcido que entende sinais não-verbais
Sejamos francos: a videoconferência hoje até que não é nada ruim. Afinal, podemos falar com uma ou mais pessoas através de ótimas ferramentas gratuitas e eficientes como o Google+ Hangout, Skype, Hall e tantas outras. Entretanto, isso não quer dizer que não haja espaço para aprimoramentos e inovação.
A japonesa NTT, para variar, quer ser uma das primeiras a sair na frente e tem trabalhado em um protótipo de tele-presença realmente inovador. Telepresença? Sim, a videoconferência que conhecemos hoje, só que melhorada.
Pessoalmente, já tive a oportunidade de participar de reuniões de quase telepresença com uma conhecida plataforma da Cisco. Embora o nome do produto seja TelePresence, pode-se dizer que ele ainda é apenas a boa e velha videoconferência com telas bem maiores que a de seu monitor e alguns outros recursos específicos.
O que a NTT procura desenvolver vai bem além disso. A empresa tem investigado os efeitos de se agregar elementos naturais de uma conversação ao vivo, como por exemplo a movimentação dos olhos e da cabeça de todos os participantes, assim como a maneira que reagem durante a conversa e o meio onde todos eles são projetados entre si e para si.
O projeto incorpora a utilização de finíssimas telas transparentes que reproduzem imagens em alta resolução e em tamanho real. Elas deverão ser equipadas com uma série de sensores de interpretação e resposta, tanto do ambiente mas, principalmente, das pessoas. O sistema remove a imagem de fundo de cada participante e as reprojeta em tamanho real em um ambiente, digamos, “bem mais imerso” para nossas reações não-verbais.
Este aparato reage continuamente aos movimentos de cada um e também interpreta individualmente os dos outros, combinando-os da mesma forma que ocorreriam naturalmente em uma conversa presencial. É possível, assim, sabermos quem está a olhar para nós, da mesma forma que a direção para onde olhamos também é capturada e percebida pelos outros. Algo bem mais próximo de se apropriar do conceito real de tele-presença, contra aquele do qual dispomos hoje.
Todo este conjunto, já apelidado de Espaço de Recriação, torna possível um tipo de conversação remota na qual uma pessoa que conduz uma reunião é sensorialmente “seguida” pelas outras com a ajuda do equipamento, onde a movimentação natural de cada participante varia e se modifica em tempo real às diferentes dinâmicas produzidas durante a conversação. Tal qual uma conversa presencial.
Confira:
(Vídeo do YouTube)
Com informações da DigiInfo.TV