Asus Transformer Book T100TA é um notebook acessível com Windows 8.1 que vira tablet

Paulo Higa
• Atualizado há 8 meses
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A Asus está lançando alguns gadgets bacanas no Brasil neste final de ano e um deles é o Transformer Book T100TA, um híbrido de tablet e notebook que roda Windows 8.1. Com touchscreen de 10,1 polegadas e um teclado físico incluso no pacote, ele quer pegar um pouco da fatia dos cada vez mais populares notebooks conversíveis — mas com um preço relativamente acessível, de 1.699 reais.

O Transformer Book T100TA é, de maneira simplificada, um tablet de 10,1 polegadas que pode ser encaixado a uma base com teclado físico e trackpad. A parte legal dessa base é que, além de possuir uma porta USB 3.0, ela inclui um HD interno de 500 GB para você guardar arquivos grandes, complementando a memória flash de 32 GB do tablet — que, inclusive, pode ser expandida com um cartão microSD.

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O hardware é equilibrado. O processador é um quad-core Intel Atom Z3775 de 1,46 GHz, que nos benchmarks costuma competir diretamente com chips topo de linha de outras fabricantes, como o Snapdragon 800. Há 2 GB de RAM, câmera frontal de 1,2 megapixels e tela IPS de 10,1 polegadas com resolução de 1366×768 pixels. Ele suporta conexões Wi-Fi 802.11n dual-band (nada de 3G) e tem uma porta Micro HDMI.

A bateria de 8.060 mAh, segundo a Asus, consegue aguentar o Transformer Book por até 11 horas (!) longe da tomada. Diferentemente do que a taiwanesa fazia nos antigos Transformer com Android, a bateria está localizada apenas no tablet; não há uma bateria adicional na base para estender a autonomia. Isso certamente ajudou a diminuir os custos: antigamente, era necessário comprar a base separadamente.

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Durante os minutos em que tive a oportunidade de brincar com o tablet, as tarefas foram executadas de maneira bastante fluida. Mas é claro que ainda estamos falando de um dispositivo com Windows 8.1 e apenas 2 GB de RAM — rodar o Chrome com dezenas de abas ou um software como o Photoshop certamente não será uma tarefa agradável, e nem é o propósito aqui.

A base é um diferencial interessante por não limitar o usuário aos cerca de 20 GB disponíveis na memória flash do tablet. Sim, há o inconveniente de ter que copiar seus arquivos manualmente caso queira acessá-los quando estiver sem a base, mas esse é aquele caso em que o benefício supera o “incômodo”. O teclado, em formato chiclete, é suficientemente confortável e grande para que você não precise conectar um teclado externo.

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Eu citaria o acabamento como um dos pontos negativos — o tratamento brilhante na carcaça do tablet, além de não ser dos mais bonitos, tem o problema de atrair muitas marcas de dedo. E, embora o peso de 1,15 kg seja menor que o de muito ultrabook por aí, o Transformer Book T100TA é um pequeno trambolhinho quando consideramos apenas a parte tablet, que pesa 550 gramas e tem 10,5 mm de espessura.

Muito brilho, muitas marcas de dedo e um adesivo gigante da Anatel
Muito brilho, muitas marcas de dedo e um adesivo gigante da Anatel
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Fato é que, caso você queira usar apenas a parte tablet, talvez a compra não compense: pelo mesmo preço, há opções que oferecem uma experiência até melhor. Caso você queira usá-lo como um notebook, talvez se decepcione por causa do hardware mais limitado. Mas, juntando as duas partes, o Transformer Book T100TA é um produto bem interessante.

Fabricado no Brasil, o novo híbrido da Asus começou a ser vendido no varejo nesta terça-feira (16) com preço sugerido de 1.699 reais. O preço inclui o tablet e a base, além de uma assinatura de um ano do Office 365 Personal.

Leia | Como configurar o teclado de um notebook Windows [ABNT e ABNT2]

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.