iOS 11: o que você precisa saber antes e depois de atualizar

As novidades do iOS 11, o ritual antes da atualização e quem vai receber a nova versão

Lucas Braga
• Atualizado há 1 ano e 6 meses

Uma semana após anunciar o iPhone 8 e o iPhone X, a Apple liberou o novo iOS 11. Apresentada no mês de junho, a atualização do sistema esteve em testes até então, e traz boas novidades para quem tem um iPhone e iPad. Ela dá maior poder de multitarefa para o tablet, oferece um gerenciador nativo de arquivos (finalmente!), e permite que apps tragam uma melhor experiência de realidade aumentada.

Preparando o terreno

Existem duas formas de atualizar seu dispositivo: a mais fácil é pelo próprio aparelho, na seção Ajustes > Geral > Atualização de Software. No dia do lançamento, é comum que muita gente baixe a atualização ao mesmo tempo, então seja paciente e aguarde sua vez na fila de espera. Caso você não queira esperar, é possível atualizar através do iTunes em seu computador, ligando o iPhone via cabo.

Certifique-se de que você tem espaço livre disponível para atualizar, bem como a bateria carregada. Fazer backup de todos os seus dados importantes é primordial: estamos falando de computação e falhas podem acontecer, como aconteceu no lançamento do iOS 10. Você pode fazer o backup no computador pelo iTunes ou diretamente no dispositivo através do iCloud — a primeira opção é altamente recomendada caso você não tenha espaço pago na plataforma.

É possível atualizar e fazer backup tanto no iTunes como no próprio dispositivo.

Quem pode instalar?

Veja na lista se o seu dispositivo é suportado:

  • iPhone 7, iPhone 7 Plus, iPhone 6s, iPhone 6s Plus, iPhone 6, iPhone 6 Plus, iPhone SE, iPhone 5S
  • iPad Pro de 12,9 polegadas (2ª geração), iPad Pro de 12,9 polegadas (1ª geração), iPad Pro de 10,5 polegadas, iPad Pro de 9,7 polegadas, iPad Air 2, iPad Air, iPad (5ª geração), iPad mini 4, iPad mini 3, iPad mini 2
  • iPod touch (6ª geração)

Se você tem um iPhone 5 ou 5c, sinto lhe desapontar: esses dispositivos não têm mais suporte. Isso acontece porque o iOS 11 é totalmente desenvolvido para processadores de 64 bits, e eles estão presentes apenas no iPhone 5S em diante.

Alguns apps deixarão de funcionar

Como o iOS 11 foi desenvolvido totalmente em 64 bits, ele perdeu suporte a apps de 32 bits. Ao atualizar o sistema e abrir um app incompatível, você se depara com uma mensagem dizendo que “o desenvolvedor deste aplicativo precisa atualizá-lo para que funcione com o iOS 11”.

Você pode ver seus apps de 32 bits indo em Ajustes > Geral > Sobre > Apps > Compatibilidade de Apps. Se a lista estiver vazia, todos os seus apps já rodam em 64 bits. Entre os itens incompatíveis, estão jogos como Ridiculous Fishing, Flight ControlFlappy Bird original.

E o que tem de bom?

A maior mudança do iOS 11 é a Central de Controle. Ela deixou de ser uma janelinha com alguns atalhos bem limitados e se tornou uma página de widgets personalizáveis. É possível deixar apenas o que é importante no seu dia a dia, e novas opções foram adicionadas como acesso direto ao alarme, ao modo de economia de energia, melhor controle de redes (podendo inclusive ativar e desativar dados móveis!). Uma novidade da Central de Controle que deve agradar muita gente é a nova função de gravação de tela.

Além disso, o iOS 11 trouxe o ARKit, API para desenvolvimento de aplicativos com recursos de realidade aumentada. Isso permitirá que desenvolvedores criem jogos e aplicativos que utilizem a câmera para interagir com o usuário. Acho que o melhor exemplo disso é um aplicativo de trena, que mede ambientes e deve facilitar bastante a vida de arquitetos, engenheiros e decoradores:

O novo SOS de Emergência deve agradar muita gente: ao apertar rapidamente cinco vezes o botão de Repouso/Despertar, é possível abrir a Ficha Médica ou ligar para a polícia. Na ficha médica, é possível incluir seus contatos de emergência, e eles podem ser notificados caso você ative a função estando em perigo. Ativar o SOS de Emergência também desabilita o Touch ID, o que pode ser útil caso você precise entregar seu celular para alguém.

Fora isso, o iOS 11 trouxe alguns refinamentos em design: a Apple abusa de negritos e letras grandes em títulos. A App Store tem um novo ícone (horrível, vamos combinar) e traz cards com sugestões, bem como uma divisão entre jogos e aplicativos. A central de notificações agora está mais integrada com a tela de bloqueio: as notificações atuais são mostradas de forma imediata, como na versão anterior do iOS, mas é possível acessar as outras notificações não-lidas deslizando a tela para cima. Além disso, é possível transformar as Live Photos em GIFs animados (como Boomerangs!) ou criar uma versão de longa exposição.

No iPad

A atualização certamente trouxe melhorias mais significativas em iPads: a nova Dock e multitarefa trazem maior facilidade na hora de dividir a tela com mais de um aplicativo, que podem rodar simultaneamente. Os apps conseguem conversar entre si: é possível, por exemplo, arrastar uma foto de uma página da web no Safari e enviá-la para seus amigos no Facebook, por exemplo. Isso também serve para arquivos (agora existe um gerenciador nativo!), links e texto.

É possível acessar a Dock rapidamente de qualquer lugar, que fica sempre escondida na parte inferior da tela. A tela de seleção de aplicativos de multitarefa ganhou uma versão híbrida com a Central de Controle, que assim como no iPhone é personalizável e cheia de novos recursos. Para abrir a nova tela, basta o duplo-toque no botão Home ou utilizar o gesto de quatro dedos de cima para baixo em qualquer lugar da tela.

Minha novidade preferida é o teclado, que a Apple agora chama de QuickType. É possível ter acesso rápido a números, símbolos e pontuação sem precisar clicar alterar a exibição do teclado. Cada tecla possui um atalho diferente, e para acessá-lo basta segurar e puxar para baixo. Isso seria legal no iPhone também, hein?

Devo atualizar?

A Apple liberou na semana passada a versão final para desenvolvedores, e estou utilizando-a em meu iPhone 7 Plus desde então. Não tenho o que reclamar do desempenho (na verdade eu acho que ficou até mais rápido), mas o Mobilon notou diversos engasgos no iPhone 6 dele. Minha maior queixa é a autonomia da bateria, que diminuiu drasticamente desde que utilizei.

O que eu espero é que a versão liberada pela Apple já tenha essas correções, mas só dá para saber isso com o tempo. Se você não tem pressa e preza pela sua autonomia de bateria, talvez valha a pena esperar um pouco e ouvir opiniões de pessoas que já atualizaram. Se você decidir atualizar, conte pra gente nos comentários como está sendo sua experiência!

Leia | Como colocar o iPhone em modo DFU

Relacionados

Escrito por

Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.