Brincamos com o Nokia Lumia 925

Novo Windows Phone com detalhes em alumínio chega ao Brasil no quarto trimestre

Paulo Higa
• Atualizado há 8 meses

Além de explicar o que acontece nos bastidores da criação de mapas do Here, a Nokia mostrou ontem o Lumia 925 em primeira mão no Brasil. O aparelho foi anunciado nesta semana e não deve aparecer em nenhuma loja até junho. Por aqui, ele será lançado apenas no último trimestre do ano. Nós tivemos a oportunidade de mexer por alguns instantes no novo Windows Phone da Nokia e aqui estão as primeiras impressões.

Antes de começar, um detalhe importante: o aparelho que foi demonstrado era um protótipo. A produção em série ainda não havia começado, o software não estava completamente adaptado e havia algumas falhas: o botão físico da câmera, por exemplo, simplesmente não funcionava. Na verdade, nem os assessores de imprensa da Nokia haviam tido contato com o novo smartphone até então.

Ao pegar o Lumia 925 pela primeira vez, dá para notar claramente a leveza do aparelho, apesar de a sensação não ser tão acentuada como quando colocamos as mãos num iPhone 5. Ele também é fino e agradável de segurar. Em relação ao Lumia 920, o Lumia 925 é 25% mais leve (139 gramas) e 20% mais fino (8,5 mm de espessura). A bateria não é removível e não há entrada para cartão de memória, então o único slot que temos acesso é o do microSIM.

Aparentemente, o Lumia 925 resolve os únicos grandes pontos negativos do Lumia 920 na parte de hardware: o peso e a espessura. Como o Lumia 920 era mais gordinho que os concorrentes, era normal achá-lo um trambolho nos primeiros contatos. De resto, a câmera que tira boas fotos noturnas continua lá, agora com uma nova lente e truques adicionais de software, e o Windows Phone permanece rodando de maneira bastante fluída, sem nenhum engasgo.

A Nokia adotou uma carcaça de alumínio, que está apenas nas bordas; na traseira, ainda temos o policarbonato. Não há mais o carregamento sem fio embutido: agora é necessário comprar uma capinha separadamente para ter o recurso, o que emagreceu o smartphone. E a tela IPS LCD foi substituída por uma de OLED, o que de certa forma ajudou a reduzir tanto o peso quanto a espessura.

A tela de 4,5 polegadas do Nokia Lumia 925 é tudo o que podemos esperar de um smartphone topo de linha com painel OLED: as cores são vivas e os pretos são bastante profundos, o que combina bastante com a interface minimalista do Windows Phone, a não ser que você prefira usar o plano de fundo na cor branca.

Como o tempo estava curto, não conseguimos verificar a qualidade das fotos da câmera, que gerou grandes expectativas. Também não pudemos tirar fotos da traseira do Lumia 925, porque ela continha informações únicas que a Nokia insere nos protótipos para identificá-los e evitar vazamentos. Todas as informações sobre ele estarão no review completo do Tecnoblog, que será publicado assim que tivermos acesso total ao aparelho.

Ah, o software, apesar de não estar finalizado, tinha um comportamento que eu não havia visto em outros Windows Phones: quando o Lumia 925 fica em modo de espera, entra em ação uma proteção de tela com um relógio. Isso lembra um pouco o Symbian e provavelmente é uma funcionalidade que chegará a outros aparelhos muito em breve.

Segundo a Nokia, a intenção não é substituir o Lumia 920 pelo 925. O novo smartphone deve “inaugurar uma nova faixa de preço” e conviverá junto com o irmão mais velho, pelo menos inicialmente. A empresa também esclareceu sua nomenclatura: um número maior na casa das unidades não significa, necessariamente, que o aparelho seja melhor, afinal, o Lumia 925 tem 16 GB de armazenamento interno, metade dos 32 GB do Lumia 920, e não possui carregamento por indução integrado.

O Lumia 925 começará a ser vendido no Brasil no distante quarto trimestre, ainda sem dia ou mês exato. Assim como o Lumia 920, ele será compatível com o 4G nacional. E nada de preço sugerido para o mercado brasileiro por enquanto: isso só deve ser anunciado quando o lançamento estiver mais próximo. Lá fora, ele custa 469 euros.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.