Zao, app de deepfakes, é restrito pelo WeChat por “riscos à segurança”

WeChat proibiu usuários de baixarem o Zao por seu navegador devido a denúncias à página do novo aplicativo

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

O aplicativo de deepfakes Zao foi lançado na sexta-feira (30) na China e já causa polêmicas por conta de sua proposta de incluir o rosto de usuários em cenas famosas. Ele teve seu acesso restrito pelo WeChat, que apontou riscos de segurança.

O WeChat proibiu o download do novo aplicativo em seu navegador e o envio de links de convite dentro de conversas. Quando os usuários tentam fazer isso, o mensageiro alerta que a página foi “denunciada várias vezes e contém riscos à segurança”.

Apesar da restrição, ainda é possível compartilhar pelo WeChat os vídeos com cenas editadas. Disponível somente na China, o Zao viralizou ao fazer com que uma selfie fosse suficiente para que os usuários pudessem “participar” de trechos de filmes, shows e clipes.

O Zao limita o deepfake a uma lista predefinida de produções e permite gerar GIFs de cenas famosas para os usuários compartilharem em outras plataformas. Em poucos dias, o aplicativo se tornou o mais popular da App Store da China e ainda possui uma longa lista de espera.

https://twitter.com/AllanXia/status/1168049059413643265

Com tanta facilidade para se criar vídeos editados, surgem mais preocupações sobre deepfake, que usa inteligência artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos. A técnica, que pode ser usada em vídeos divertidos, também pode servir para prejudicar terceiros.

Além disso, há o questionamento sobre quem é o proprietário dos vídeos editados. Um trecho removido dos termos de uso do Zao dava aos criadores do app a propriedade e os direitos autorais sobre o conteúdo criado pelos usuários.

Agora, os desenvolvedores do Zao prometem usar esse conteúdo apenas para melhorar o aplicativo. Eles também afirmam que os vídeos excluídos pelos usuários também serão removidos de seus servidores.

“Entendemos completamente as preocupações de todos sobre a questão da privacidade”, afirmou a equipe do Zao na rede social chinesa Weibo. “Estamos cientes do problema e estamos pensando em como resolver os problemas, precisamos de um pouco de tempo”.

Com informações: TechCrunch.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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