Qualcomm corrige falhas em chips que afetam milhões de Androids

A pesquisa mostra que a falha no chip DSP dos Snapdragon da Qualcomm afeta quase 50% de todos os Androids, mas não chega aos iPhones

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Snapdragon 865, um SoC projetado pela Qualcomm (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Uma falha de segurança em milhões de chips da Qualcomm, descoberta pela empresa de segurança Check Point, pode transformar um smartphone Android em uma ferramenta de espionagem bastante eficaz. A boa notícia é que já existe uma correção para o problema.

A pesquisa mostra que a brecha encontrada está dentro de um chip chamado DSP, que é responsável por processar dados como voz, imagem e até as comunicações que o aparelho precisa fazer. A falha, se explorada, abre acesso de praticamente qualquer coisa do celular para outras pessoas.

A Check Point diz que quem ataca pode retirar do aparelho informações como fotos, vídeos, gravações de chamadas, ouvir o que os microfones captam em tempo real, dados da antena GPS e tudo isso acontece sem que qualquer coisa precise aparecer na tela. A ação também pode tornar inutilizável o aparelho, impedindo até mesmo a recuperação de qualquer dado que esteja armazenado na memória interna.

A pesquisa não relata como a invasão até o chip acontece, mas uma nota de um representante da Qualcomm dá a entender que um aplicativo malicioso pode ser a porta de entrada. “Nós trabalhamos diligentemente para validar o problema e disponibilizar as soluções adequadas para as fabricantes”, diz a nota.

“Não temos evidência de que a falha esteja sendo explorada. Incentivamos que os usuários atualizem seus dispositivos quando updates estiverem disponíveis e que apenas instalem apps de fontes confiáveis, como a Play Store”, complementa.

Com a correção nas mãos das fabricantes, agora depende apenas delas entregarem em uma atualização para todos os dispositivos que já estão no mercado, além de aplicarem dentro das fábricas nos smartphones que ainda não estão prontos. A pesquisa diz que quase 50% de todos os aparelhos vendidos podem ser invadidos, então é muito provável que o seu Android esteja em risco.

Com informações: BleepingComputer.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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