Sem cerimônia, Google oficializa Pixel 6 e 6 Pro com chip próprio “Tensor”

Pixel 6 e 6 Pro têm SoC próprio do Google que melhora desempenho em recursos de inteligência artificial; lançamento é esperado ainda para este ano

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Pixel 6 e 6 Pro (Imagem: Divulgação/Google)
Google anuncia Pixel 6 e 6 Pro com SoC próprio (Imagem: Divulgação/Google)

Após muita especulação sobre os próximos smartphones Pixel, o Google confirmou sem muita cerimônia, por meio de um blog post, que os celulares estão a caminho. O Pixel 6 e o Pixel 6 Pro vão contar com um chip de fabricação própria — o SoC “Tensor”, antes conhecido pelo codinome Whitechapel —, e devem chegar ainda em 2021 aos consumidores.

Pixel 6 Pro: um carro-chefe à altura?

Antes de divulgar as primeiras renderizações oficiais do Pixel 6 e do Pixel 6 Pro nesta segunda-feira (02), o Google convidou alguns jornalistas para uma sessão exclusiva em Mountain View. Segundo o The Verge, o chefe de hardware Rick Osterloh admitiu que esta é a primeira vez que a empresa considera estar realmente no segmento ultra-high-end, disputando com marcas como Samsung, Apple e Huawei.

Isso se deve tanto ao acabamento em vidro, que está mais sofisticado, quanto ao interior do produto, e deve ser refletido também no preço: “certamente será um produto com preço premium”, disse Osterloh ao Verge.

Apesar disso, o Google não entrou em detalhes sobre quanto devem custar esses smartphones ou mesmo quando eles devem chegar ao mercado. Muitas características da ficha técnica também permanecem um mistério, mas a empresa finalmente confirmou os boatos sobre usar um chip de fabricação própria.

Tensor, um SoC do Google

O nome Tensor faz referência às unidades de processamento de tensor, TPU, usadas pelo Google em data centers. Esse chip tem uma TPU móvel destinada a operações com inteligência artificial e um chip Titan M2 para segurança. O Google não deu mais informações sobre a CPU e a GPU do componente, mas sabe-se que apesar de existirem diferenças em memória entre o Pixel 6 e o Pro, ambos contarão com o mesmo SoC. A companhia não revelou se e quais outras empresas participaram da produção do chip.

De acordo com o Google, o chip usa aprendizado de máquina para melhorar o desempenho do aparelho, e é “muito competitivo”, em relação ao que as pessoas estão buscando, além de “totalmente diferenciado” em relação à IA.

Google Tensor (Imagem: Divulgação/Google)

Google Tensor (Imagem: Divulgação/Google)

Provavelmente, as câmeras receberão muitas melhorias devido ao novo SoC. A reportagem do The Verge cita que durante a demonstração, foi possível aproveitar bem o HDR e combinar diversos registros para melhorar o contraste e a nitidez de uma foto. Com a nova TPU, será possível aplicar o mesmo tipo de HDR de imagens estáticas a cada quadro de um vídeo, o que indica que o Google quer brigar também no segmento de gravações.

Tela de 120 Hz e bordas curvas

Modelo mais caro da linha, o Pixel 6 Pro tem tela de 6,7” com taxa de atualização de 120 Hz. O display tem bordas levemente curvas e resolução Quad HD+. O sensor de digitais fica embutido na tela.

Na traseira do Pixel 6 Pro, há uma câmera tripla. O conjunto inclui uma lente principal grande angular, uma ultrawide e uma telefoto para zoom óptico de até 4x. Apesar de não detalhar as especificações dos sensores, a empresa promete que a câmera principal pode captar 150% mais luz do que a geração anterior.

Google Pixel 6 — avançado, mas modesto

O Pixel 6 promete ser o necessário para quem não é “Pro”. O Google afirma que ele contém as “mesmas ótimas câmeras do Pixel 6 Pro, com exceção da telefoto”. Além disso, aparentemente é um telefone com limitações em tela: a resolução chega a Full HD+ e taxa de atualização fica em até 90 Hz.

O painel é menor do que o Pixel 6 Pro, com 6,4 polegadas, e as bordas curvas devem ficar apenas com a versão mais cara, no Pixel 6, a tela é plana.

Como mencionei anteriormente, ainda não há data — exceto que será “nesta primavera” — ou preço anunciado para os novos Google Pixel 6 e 6 Pro, mas Osterloh afirmou que a empresa está pronta para investir pesado na nova linha: “O produto agora é realmente o Google Phone. Portanto, estamos prontos para investir muito em marketing e queremos crescer”.

Com informações: The Verge

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Ana Marques

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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